06 de setembro de 2014
Diabo na Cruz, Jorge Palma + Sérgio Godinho, Oquestrada, A Naifa + Ana Deus + Simone de Oliveira, Festa do Avante!
ainda dei um salto à quinta da atalaia no dia antes e espreitei os Skills & The Bunny Crew. do pouco que vi, gostei muito, fez-me lembrar RATM por uns momentos. mas essa noite só serviu mesmo para passear pelo recinto e ficar com uma ideia daquilo que é o avante. há muito que ouvia falar mas durante muito tempo recusei-me a ir. é tão bom crescer, não é? este ano decidi deixar-me de tretas (e fi-lo antes de terem anunciado os artistas da festa, não venham cá com coisas – sim, já vos estou a ver a pensar “oh, sim, ‘tá bem, tu só foste por causa de diabo!”). nesse sábado chegámos cedo ao seixal mas demorámos quase uma hora a arranjar lugar para o carro. conseguimos entrar no recinto uns dez minutos antes do concerto começar e depois de um mini sprint ainda conseguimos lugar na primeira fila. ahh diabo na cruz. foi, obviamente, lindo e maravilhoso. como é sempre, pois claro. estava muita gente, mas gente pouco entusiasmada (característica pelos vistos crónica do público do avante). lá na frente, ia-se fazendo a festa, como tinha de ser. tive pena de ter sido tão cedo, tive pena de ter sido tão curto. mereciam mais. ainda assim, foi óptimo. seguiu-se jorge palma com sérgio godinho. um concerto que não acompanhei com muita atenção porque pouco antes de começar encontrámos a maria e estivemos à conversa com ela um bom bocado. lembro-me do frágil e do deixa-me rir nesta altura. já nos tínhamos despedido da maria quando chegaram a joana e a cátia. todo um reencontro. por entre a conversa lembro-me da liberdade, e de ter ficado hiper desiludida com o público. então esta canção. parecia que pouca gente conhecia. no bons sons teve uma reacção muito mais bonita do que ali. foi triste. depois ainda houve o a gente vai continuar. um belo concerto, que quando acabou nos deixou a chuva. e essa não quis acabar. nunca. ok, há-de ter acabado, eventualmente, lá para as tantas da manhã. depois de jantarmos abrigadas “no alentejo” (adoro essa coisa das zonas do país “onde estás?” “nos açores” “ok, estou no alentejo, vou já p’rai”), voltámos para o relvado para ver oquestrada. só me lembro da chuva. chuva chuva chuva. e mais chuva. e nós ali, a dançar, a conversar, a joana a fazer o pino. tudo muito normal. quando a naifa começou tentámos ir para o auditório, mas estava cheio de gente e era impossível estar lá. vimos a simone fazer todo um discurso e dançámos a desfolhada. ouvimos o resto do concerto abrigadas algures, à espera que a chuva desse tréguas. não deu. ainda hoje me dói a alma por ter perdido o tigerman. outra vez.
07 de setembro de 2014
Ciganos D’Ouro, Paulo de Carvalho + Agir, La Troba Kung-Fú, Buraka Som Sistema, Festa do Avante!
ainda apanhámos as últimas músicas dos ciganos d’ouro mas nada de mais. arranjámos um espacinho na relva onde deitar a manta para ver paulo de carvalho. comprámos um cravo e tudo. eu não conheço muito bem o trabalho dele, admito, só o e depois do adeus. mas queria muito ouvi-la ao vivo. o concerto foi engraçado, a parte com o agir correu melhor do que eu esperava. depois chegou o encore e houve umas duas frases da e depois do adeus. mais nada. trocou de música a meio “desculpem mas gosto mais de cantar esta”. opá, está bem. se não queres cantar a outra, não cantes. agora cantar um bocadinho e depois mudares é muito xunga. durante o comício arrastei a filipa para a exposição sobre o 25 de abril, que estava o que eu esperava, tendo em conta o partido e respectiva propaganda. só fiquei triste por não haver menção ao 16 de março (não liguem, coisa de caldenses). ficámos na relva a comer e contemplar os céus enquanto o jerónimo demonstrava falava. depois fomos para o relvado principal basicamente esperar por buraka. la troba kung-fú, os catalães que tocaram nessa altura, pareciam estar a fazer uma grande festa, mas não me fizeram levantar. já buraka… não é, de longe, o meu género de coisa mas a qualidade do espectáculo ao vivo é inegável. energia por todos os lados. é impossível ficar indiferente. surpreenderam-me e muito. no final, estávamos tão cansadas que dançar a última carvalhesa custou.
13 de setembro de 2014
Miguel Araújo, NOS em D’bandada, Porto
num dia, vinguei-me de duas coisas que o erasmus me roubou. primeiro, a d’bandada. esse incrível evento na invicta em que há mil concertos de artistas portugueses de grande qualidade mas onde só consegues ver um ou dois se tiveres sorte e se os deuses dos horários estiverem contigo. comigo não estiveram, que eu tinha de estar em braga ao final da noite. por isso, perdi capicua, d’alva, b fachada, rita redshoes e mais uma data de coisas. mas não perdi aquilo que mais queria ver (também era difícil): miguel araújo num eléctrico em andamento. a aventura de conseguir sequer entrar no eléctrico é muito complexa para explicar. mas conseguimos, foi maravilhoso. surreal, até. sempre que o eléctrico parava vinham dezenas, se não centenas, de pessoas ouvir o concerto. quando o eléctrico andava, vinha muita gente atrás dele, muitos a correr mesmo lado a lado ao eléctrico. mesmo a subir a 31 de janeiro. foi muito especial, muito intimista, apesar de ele ter tocado para uma grande parte da baixa do porto. o momento mais incrível foi já no final, numa canção em espanhol que de repente se transformou no pica do 7: el pica del siete! foi, facilmente, a melhor viagem de eléctrico que já fiz, com a melhor banda sonora, a melhor companhia e a melhor vista. também foi a viagem de eléctrico mais difícil de conseguir, mas pronto. valeu a pena.
13 de setembro de 2014
Os Azeitonas, Noite Branca, Braga
quando chegámos à praça, o concerto do Pedro Abrunhosa estava prestes a começar. foi um tanto ou quanto aborrecido. eu diverti-me a gritar por Leiria (o homem dizia Braga de cinco em cinco minutos) e nós íamos cantando a tourné e tirando fotos parvas. claro que o senhor teve de demorar mais meia-hora do que era suposto e que, portanto, o concerto d’Os Azeitonas, que era para ter começado às 02h, só começou quase uma hora depois do previsto. obrigadinha. portanto, um excelente concerto com uma «quase big band» que deu outra dimensão a canções que já estou habituada a ouvir em versão banda normal: showbizz, lisboa não é hollywood, desenhos animados, etc. e ainda deu a possibilidade de ouvir coisas menos comuns: cantigas de amor (freamunde feels, #sdds zambujo), com mendes versão tony de matos – sem guitarra, a segurar o cabo do microfone… priceless – e angelus. sim. angelus. angelus versão coliseus. coliseus, onde eu não estive. a tal outra coisa que o erasmus roubou. exacto. desidratei nesses minutos. foi muito muito muito lindo. saímos de braga já era quase de dia mas who cares? foi maravilhoso. “pa ra pa paaaaa…..”
19 de setembro de 2014
Modernos, Sequin, Fachada, Os Capitães da Areia, D’ALVA, Festival NOVA Música
depois do momento “ei, isto lembra-me o paredes” no relvado onde estava o palco, sentámos à espera de modernos. são três dos capitão fausto e lembra muito capitão fausto. gostei que tenham tocado feromona. seguiu-se sequin que até foi bastante bom, tendo em conta o que eu esperava. tenho mesmo de ir ouvir o disco. fachada já nos fez levantar e ir lá para a frente. entre brincadeiras por estar em ambiente universitário (“faltam-me umas cadeiras para acabar o curso… duas palavras: honoris causa.”) e problemas de som (“se fosse o noiserv já estava a desesperar”, disse a filipa) passou-se muito bem. até houve o só te falta seres mulher que toda a gente pedia desalmadamente. pareceu-me que foi o concerto mais concorrido da noite. logo a seguir passou a loucos estão certos e toda a gente começou a cantar, foi bonito. os capitães da areia e a confirmação de que gosto muito deles. já me tinham chamado a atenção no bons sons e agora voltaram a dar um excelente concerto. venha daí essa viagem a bordo do apollo 70. D’ALVA! finalmente! a festa que eu esperava multiplicada por dez, uma entrega incrível e muito #barulho. foi fantástico.