do querido mês de agosto a hamburgo

Prestes a sair da tuga outra vez (desejo para 2017: conseguir passar mais de 3 meses seguidos em Portugal), optei por manter-me ocupada ao máximo para evitar grandes despedidas ou coisas dessas chatas.

Então, o agosto pós-bons sons teve 12 concertos em 9 dias seguidos, entre o belo parque das Caldas, a baía de Cascais, as Festas de Corroios e o Festival do Crato. Juro que não havia requisito de só visitar terras começadas por C, mas acabou por suceder. Desses dias posso falar-vos do quão bom foi ver tanta gente no meu parque, e sobretudo tanta gente tão maravilhada com o sítio. Espero que a feira passe a acontecer todos os anos, sempre com cartaz musical de categoria e muita gente a visitar. Foi mesmo bonita, a festa! Lá na terra houve HMB a tirar o pé do chão, The Black Mamba (com as migas!) a dar show e Ana Moura a inundar o recinto de gente. E pelo meio um concertozinho de um tal Miguel Araújo, que como devem imaginar foi das melhores e mais especiais coisas que este verão teve.

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o melhor parque da melhor terra.

Adiante, em Cascais tivemos festão do bom com os sempre enormes D’ALVA, que depois da Eira a abarrotar em Cem Soldos tiveram uma baía bem tímida ao início mas que logo se encheu e rendeu, claro está. Tem sido incrível acompanhar o percurso destes migz, superam sempre a expectativa e de que maneira. São grandes e ainda têm muito que crescer :’) Uns dias mais tarde houve reunião de migas para Diana Martinez & The Crib e Os Azeitonas, que cumprem sempre a função com grande prestígio.

Não podia ser agosto sem uma visita às Festas de Corroios, não é verdade? Desta vez a uma terça-feira e com aquele nervoso de “ai, será que isto se compõe minimamente para receber os meninos”. Claro que o que aconteceu foi o recinto muitíssimo bem preenchido e um público maravilhoso. Como é que alguma vez duvidei, Diabo na Cruz na margem sul é sempre outra coisa! Já no Alto Alentejo fui muito feliz com a Susana a oferecer presentes (tradição é para cumprir!) aos Kaiser Chiefs e a vê-los yet again. Kaiser é aquela banda que em disco pode levantar muitas questões (as novas músicas estão… hm… err… pois) mas depois ao vivo dão sempre aquela sensação de que estás a ver o melhor concerto da tua vida. Só dura uma hora e pouco, mas é mágico. E depois são uns fofos que adoram este cantinho, o que só torna tudo ainda melhor. Fiquei pelo Crato para no dia a seguir ter um pouquinho de Ujos, ver miguel jorge partir tudo, matar saudades do zamba e soltar aquela lagrimita porque romã ❤

Depois ainda houve uma visita relâmpago a Faro para ver um adorável concerto de Nuno Prata, um belo show de Cais Sodré Funk Connection, um concertaço dos enormes Salto e a categoria habitual de uns tais Diabo na Cruz. O Festival F é num sítio muito giro, mas é tudo ao mesmo tempo, e depois há gente que fica em palcos demasiado pequenininhos e tal. Diria que mais valia ter menos bandas a tocarem para mais gente, tiravam-se uns palcos e começava-se a coisa mais cedo e ó, aí sim, tínhamos festival. No dia seguinte houve regresso ao Avante, depois de um par de horas na cama e muitas num autocarro da Rede-Expressos. Mas é sempre tão bom estar no Avante, com tanta gente tão diferente e com tanta coisa para ver e fazer e tantos migos por lá! Vimos Sam Alone & The Gravediggers e Criolo (Fora Temer!) deitadinhos na relva. Los de Abajo lá no meio a #dartudo e grade para os melhores 50 minutos de música ao vivo do ano. Adorava conseguir explicar-vos o que significou vê-los finalmente ali à noite, com tanta tanta gente para os ver e tanto coro, tanta dança, tanta palma, tanta euforia canção atrás de canção. Foi tudo incrível, do início ao fim. Não deu para tirar foto nenhuma de jeito, mas o sempre fixe Marco Almeida, do musicfest.pt, capturou bem o meu modo mãe orgulhosa de suas crianças.

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a senhora ao meu lado não conhecia e adorou : )

Ainda houve Ferro Gaita e Ana Moura, eu sei, mas estava noutra. Voltei a apanhar os migz a tempo da Dia de Folga e da Desfado mas já não tinha voz para nada. Valeu! Só não foi mesmo perfeito porque não ouvi uma única carvalhesa que desgosto como é possível fui ao Avante e não dancei a carvalhesa #triste #desolada

Depois de isto tudo? 7 da matina no aeroporto que há um avião para apanhar. Em Hamburgo chovia, para contrastar bem com os 40º C do dia anterior. Anyway, cá estou e estarei até inícios de Dezembro. Juro que prometo que qualquer dia conto como vai a vida por aqui.

 

 

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teremos sempre Cem Soldos

Voltar ao Bons Sons foi como voltar a casa. Só que só lá tinha estado há dois anos, por quatro dias. Mas foi mesmo isso que senti quando voltei a entrar na aldeia. Lembrava-me tão bem de onde e como tudo era, da paz e respeito que por ali se sente, do calor abrasador e dos borrifadores a combatê-lo, da música em todo o lado. Apesar das mudanças dos últimos anos (Giacometti em coreto, a separação do Lopes-Graça e do Aguardela, aquela pseudo relva maravilhosa no largo, etc), o Bons Sons não perdeu a identidade e mesmo assim não deixou de inovar e crescer. É mesmo um sítio muito especial ao qual queremos sempre voltar. O ano passado sofri por não ter conseguido ir, este ano não podia mesmo faltar. E desta vez, mesmo não acampando, acabei por viver a aldeia muito mais (e melhor!).

sexta-feira, 12 de agosto

Esperava mais de Pega Monstro mas admito que aqueles talvez não fossem nem o lugar nem a hora ideal para elas. Ainda assim, muito amor para as irmãs Reis. O documentário do Auto-Rádio está à altura do discaço do Benjamim com que partilha nome. A ligação às frequências da rádio, as entrevistas e presença constante das vozes a que estamos habituados a ouvir na telefonia, interligadas com os momentos de cada um dos 33 concertos em 33 dias (!!!) e a dissecação do álbum em si está muito bem conseguida. E há SILOS! Munto orgulho em ter tido a digressão na minha terra e poder ter lá estado.

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Birds Are Indie com mais um concerto de rebentar a escala de fofura. Que disco bonito e que banda tão fixe. Ambiente perfeito para o pôr-do-sol no Giacometti. Claro que andámos a cantarolar a Partners In Crime o resto dos dias. Best Youth ❤ finalmente como deve ser! Adorei, porque gosto muito deles e do Highway Moon e porque ainda não os tinha conseguido ver sem ser um niquinho no sbsr há já um ano. Foi o primeiro concerto na Eira, acabou por ser um óptimo presságio para o último. Kumpania Algazarra deve ser giro se estiveres nesse mood mas eu não estava, e lá está, prefiro o Kusturica. Sensible Soccers pareceu ter sido bonito mas muito lá ao fundo e entre conversas. É que este Bons Sons teve uma bela dose de malta fixe.

sábado, 13 de agosto

Quando se enche uma pequena igreja para ouvir, cantar e aprender com as Adufeiras do Paúl, o resultado só pode ser maravilhoso. Dos melhores concertos que presenciei nesta edição e dono do melhor momento: Milho Verde (em homenagem ao “pai disto tudo”)/Armas do Meu Adufe cantado por uma igreja a abarrotar de gente e a ovação que se seguiu. De arrepiar. Deu-me a quebra do calor e do sono em Grutera, passei pelas brasas no largo ao som de Few Fingers. Lavoisier acordou-me e bem. Que belíssima surpresa, que voz, que interpretação. Quanta coisa cabe numa guitarra e numa voz daquelas: Pessoa, canção popular, Acordai e belas canções originais. Ali no coreto, com a malta sentada ao final do dia, a velhota à janela no rés-do-chão com a neta bebé ao colo, por cima dela os pés de quem se sentava ao parapeito no primeiro andar. Os alemães ao meu lado maravilhados, e a citação do Lopes-Graça: “a música popular portuguesa é bela, difícil é reconhecê-lo”. O Bons Sons é muito isto.

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LODO é fixe sem voz, embora ainda muito colado às óbvias influências. Foi muito giro ver a banda da terra (de quem já foi voluntário no festival e quem cresceu a viver a aldeia) a tocar para tanta gente, tho. Palmas a eles por isso, e boa sorte para a final do concurso de bandas lá no Porto. Preciso que o disco da Cristina Branco chegue rapidamente, foi a conclusão a que cheguei depois do concerto. Há muita coisa bonita ali. Da Chick foi funk, foi dance, foi hip hop e Mike El Nite. E foi bocejo e friozinho e “hmm acho que vou para o largo”. Não foi o dia de Da Chick para mim, mas ele há-de chegar, até porque tenho mad respect por ela. Ainda não tinha ouvido o Outras Histórias e agora que escrevo isto já ando viciada no disquinho. Foi o efeito que o concertaço de Deolinda teve em mim. Ainda não me tinham convencido ao ar livre e desta vez parece que compensaram por todas as outras. Amei. Que lindos sois.

domingo, 14 de agosto

O André Barros escreve e toca coisas muito fofas. A Isaura deu grande show. Daquela Tradiio Sessions no Musicbox para aqui houve uma evolução notável. Gostei imenso do EP (e da Change It e da Eight) e fiquei muito muito feliz por vê-la ali tão bem. E por ter havido Lost, coisa que nunca pensei que fosse acontecer ali. Sou #TeamIsaura e tenho grandes expectativas para o que aí vem.

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O disco dos Keep Razors Sharp tem rodado tanto nestes dois anos, que eu esperava grandes coisas daquele início de noite na Eira. Não desapontaram. Bandaço. Roque Enrole do bom, preciso de mais, se faz favor. White Haus foi ziro, o João Vieira é o maior, mas dá-me mais saudades de X-Wife do que outra coisa. Fandango foi show. Não sabia bem o que esperar e gostei mesmo. Mas tenho algum receio de que em disco não bata tanto como bateu ao vivo. Veremos, mas confirmou a minha crença de que se tem o Varatojo é bom.

segunda-feira, 15 de agosto

Quantas referências já fiz aqui a feromona e Chibazqui? Pois. Diego Armés na igreja foi deveras bonito. E sim, houve feromona <3. De Flak só comecei mesmo a gostar quando entrou Rádio Macau na cena. Solos de guitarra e saltos do amplificador em pleno altar? O Bons Sons é muito isto, também. Finalmente Golden Slumbers, ali no coreto, a mostrarem que são mais do que vozes fofinhas e guitarraa acústicas. Belíssimo concerto que fez esquecer o calor horrível, avé! Sopa de Pedra, no Lopes-Graça, à hora de jantar. Tudo caladinho a escutar e a deliciar-se com as vozes, as harmonias, as melodias e caraças, que coisa bonita é esta que está a acontecer aqui. Que maravilha.

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Deu para dançar em Les Crazy Coconuts, que me pareceram funcionar muito melhor ao vivo do que em disco. Jantei nas mesas do largo, rodeada de cem soldenses, a ouvir um belo concerto de Jorge Palma. Só hits e tudo a soar mesmo ali no ponto. Até tive pena de não estar lá mais no meio, mas era precisar recarregar baterias que estava quase na hora de D’ALVA. Que festão. Que evolução incrível, de quem eu espero sempre muito e mesmo assim me consegue surpreender sempre. Estes migz vão longe, já fizeram e continuam a fazer história, nem que seja pela lufada de ar fresco que trouxeram à cena tuga. E nem falo (só) da música, mas de uma atitude, de uma liberdade e abertura de espírito que não te deixa indiferente. Esta malta dá-te a inspiração e motivação para acreditares que é possível. Seja o que for, venhas de onde vieres, é possível, és capaz. Damn, olha eles ali! Eu valorizo isso pra caramba, mesmo. Nutro muito muito carinho e admiração por D’ALVA, mêmo a sério ❤ Mereceis tudo isto e muito mais. TochaPestana foi festança da boa e Dj Rubi idem, se bem me lembro. Final perfeito para o melhor festival.

Já tenho saudades, falta muito para voltar a Cem Soldos? Só espero que não. É que durante o ano infelizmente sinto muita falta deste amor, deste interesse e deste apoio e projecção da música portuguesa, em quase todos os seus tamanhos e feitios. Enquanto tudo o resto continua a escassear, nós, que ouvimos atentamente a música deste país, teremos sempre Cem Soldos. Dizia o Varatojo que a música portuguesa se sente em casa nesta aldeia e eu concordo e acrescento: eu também.

Bem-haja a quem faz tudo isto possível. E até para o ano, espero eu!

 

continuo sem saber que título dar a isto (novembro + dezembro)

05 de novembro de 2015
They’re Heading West, Frankie Chavez, 31º Aniversário Blitz, Musicbox, Lisboa

Só vi um pouquinho de They’re Heading West mas estavam magníficos, como sempre. Nunca tinha visto Frankie Chavez e gostei muito! Belo show de blues rock. Não deu para ficar para Mazgani porque #MetroLx, sabem como é.

11 de novembro de 2015
Ana Bacalhau, Ana Deus, Ana Moura, Batida, Bob da Rage Sense, Couple Coffee, D’Alva, Dino D’ Santiago, Eneida Marta, Francisco Fanhais, Freddy Locks, Gospel Collective, Joana Alegre, Karyna Gomes, Luís Varatojo, Luisa Sobral, Luiz Caracol, Márcia, Milton Gulli, NBC, Octapush c/ Cátia Sá, Samuel Úria, Sara Tavares, Selma Uamusse, Sergio Godinho, Sir Scratch, Terrakota, Tiago Gomes, Vicente Palma, Tó Trips, Rita Red Shoes, Concerto Liberdade Já, Jardim Amnistia Internacional, Lisboa

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Samuel Úria + Ana Bacalhau, Márcia e Luisa Sobral

No final fiz as contas e foram quase 5 horas em pé. Nem me apercebi, não fosse o frio e tinha estado tudo bem. Todos os que subiram ao palco fizeram a festa. Leram-se poemas, dançou-se e gritou-se pela liberdade. Munto lindo. Mas ainda há muita luta a fazer, os 15+2 estão em julgamento e não se prevê solução fácil, por favor assinem a petição! (quem quiser ir sabendo novidades sobre o caso clique aqui)

17 de novembro de 2015
Duquesa, Golden Slumbers, Thunder & Co., Da Chick, Isaura, Portugal Festival Awards, S. Jorge, Lisboa

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Foi só uma música de cada um por isso não conta muito para grande coisa, mas ainda assim: o Duquesa é um fixe, gostei muito de ouvir as Golden Slumbers ao vivo pela primeira vez (espero que não demorem a lançar coisas novas, gostei muito do EP), Thunder & Co fizeram grande festarola como seria de esperar, a Da Chick é maluca e provou que mereceu o prémio, a Isaura esteve maravilhosa as always.
A foto é com os verdadeiros vencedores da noite.

30 de novembro de 2015
Miguel Araújo, Arena Lounge, Casino Lisboa

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Odeio concertos no Casino. Mas pelo AJ vale a pena.
Nada de novo, a banda é top, o artista idem, aquela Dancing Queen na E Tu Gostavas de Mim dá cabo da tecas, every damn time.

05 de dezembro de 2015
Chibazqui, You Can’t Win, Charlie Brown, Musicbox, Lisboa

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Chibazqui tocaram todos os seus grandes êxitos incluindo aquela nova que já é nova desde o concerto de lançamento do disco e outra que é mesmo nova. Adorei tudo porque adoro o disco, fácil.
Charlie Brown estiveram tão bem. Primeiro concerto assim a sério a sério que vejo deles e gostei tanto. Ainda por cima houve Sad Song ❤ (e a nova música estava muito fixe, venha daí o novo disco!)

10 de dezembro de 2015
Miguel Araújo, Teatro-Cine Torres Vedras

AJ em versão quarteto só não é melhor que com a banda toda porque eu sou uma fraquinha por sopros. Levei a mãe e a mãe gostou, o que é tarefa difícil posso garantir.

15 de dezembro de 2015
Capicua , Concerto de Água e Sal, São Luiz, Lisboa

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Não é bem um concerto, é a Capi a dizer poemas e pedaços de poemas bonitos sobre coisas bonitas com o Geraldes a tocar coisas bonitas e o JAS a fazer ilustrações bonitas.

17 de dezembro de 2015
Samuel Úria, Manuel Fúria, Os Lacraus, Chibazqui, Filipe Sambado, C de Croché, Ganso, Os Velhos, Luis Severo, Consoada Flor Caveira e Amor Fúria, Sabotage, Lisboa

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Chibazqui

Melhor consoada de sempre.
O Sambado é o maior, o Cão da Morte idem, o Úria tocou a Ninivita portanto está tudo bem, a nova do Fúria promete, Ganso, C de Croché e Os Velhos ficaram uns furos abaixo do quão bom foi tudo o resto. Amo Chibazqui. Os Lacraus deram o melhor concerto de 2015 e só estiveram em palco durante 5 minutos. Acabámos a cantar a Alegria dos Heróis do Mar.
Melhor consoada de sempre.

31 de dezembro de 2015
Os Azeitonas, Arena Lounge, Casino Lisboa

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Supostamente já foi em 2016 mas wtv.
Odeio concertos no Casino, não sei se já disse? Concerto muito bom dentro das condições possíveis (aquele sítio para som é top #sqn, e se o público ali nunca é nada de jeito desta vez foi especialmente mau), com Salão América, Zão e Cantigas de Amor. Entrada no ano novo em família, como tem de ser.

continuo sem saber que título dar a isto (setembro)

04 de setembro de 2015
HMB, Brigada Victor Jara, Marta Ren, Janita Salomé, Fausto, Mimicat, Capicua, Expensive Soul, Festa do Avante!, Seixal

Ahh a bela da Festa do Avante!
HMB mais uma vez a oferecer uma festa incrível, não há como não adorar. Brigada Victor Jara mais animados do que no SdC e que bonito foi? As pessoas começaram a dançar à nossa volta e muita gente ia cantarolando, mesmo fofo. Nunca tinha visto Marta Ren e que grande show de soul e funk, amigos, gostei muito. Saímos a meio para ir ouvir Janita Salomé cantar poemas bonitos. De Fausto vimos pouco e cedo fugimos para Mimicat. Mais um grande show de soul, há um ano vi-a numa Fnac meio vazia e agora vi-a com a tenda do 1º de Maio cheia de gente muito impressionada, u go gurl!
Capicua é rainha absoluta deste universo e do outro. Concerto brutal com espaço para a palavra, para a batida, para as ilustrações ao vivo (!!) e para muito #barulho. Depois disto, chegar ao concerto de Expensive Soul e ouvir um deles pedir às meninas do público para abanarem o rabo… bem… é melhor ir para casa.

05 de setembro de 2015
Linda Martini, Dead Combo, Xutos & Pontapés, Festa do Avante!, Seixal

Linda Martini mereciam mais público e não sei se a coisa não teria sido mais bonita se tivesse acontecido no outro palco. Ainda assim, lindos e maravilhosos como sempre. De Dead Combo ouvimos um bocado do final porque a tenda estava a abarrotar, foi a banda-sonora do jantar à beira lago. Xutos foi Xutos. Da última vez que os vi desiludiram-me para caramba porque por cada oldie tocavam umas 4 ou 5 do novo de seguida, e nem estou a exagerar. Aqui redimiram-se, apesar das pausas e da pouca criatividade (têm muito melhor do que aquelas 6 ou 7 com que têm de insistir sempre…).

10 de setembro de 2015
D’Alva, Uzina Varanda Fest, Vogue’s Fashion Night Out, Lisboa

Migz, que cena mais estranha. Eles na varanda e nós, gente que só se atreveu a ir à baixa na pior noite para se ir à baixa para vermos D’Alva (também queria ter visto Sequin mas o horário não foi meu amigo), é que nos sentíamos na montra. Ora então, Príncipe Real, nós num passeio do outro lado da rua a olhar para cima enquanto o povo da fashion passava de um lado para o outro à nossa frente. Sofri, mas o que vale é que gosto muito dos D’Alva e apesar do sofrimento, gostei de os ver, como sempre.

11 de setembro de 2015
Bruno Pernadas, Teatro D. Maria II

Mais um concerto numa varanda, só porque sim. Desta vez o grande Pernadas e a sua mui digna entourage. Adoro o disco e ainda não tinha conseguido vê-lo ao vivo e valeu super a pena. Juro que nunca pensei que soasse tão bem ao vivo, foi mesmo muito muito bom. Quem não conhece por favor clique aqui.

12 de setembro de 2015
Tó Trips, They’re Heading West, Éme, The Black Mamba, Miguel Araújo, NOS em D’bandada, Porto

Café Ceuta durante Tó Trips.
Café Ceuta durante Tó Trips.

Café Ceuta a abarrotar para ver e ouvir Tó Trips, que desta vez trouxe percussão e ainda bem, torna a cena ao vivo ainda mais fixe. Lá tocaram também os They’re Heading West de quem também gosto sempre muito. É um bocado curioso que num dia em que há 78 concertos não se consiga ver mais do que 5, mas os sítios são sempre assim pequenos (o Café Ceuta até é espaçoso) e acontece tudo ao mesmo tempo. No meio de tanta coisa uma pessoa precisa de se alimentar. Devido a essa inconveniente necessidade básica, perdemos boa parte do concerto do Éme. Aliás, só apanhámos as duas últimas. Fiquei mesmo com pena. Depois de na Fatacil ter sabido a pouco, nos Aliados The Black Mamba mostraram-me finalmente o que valem ao ar livre e longe de casa. Grande concerto! Seguiu-se um moço que estava mais do que em casa e que, mesmo assim, conseguiu superar todas as expectativas. Não sei quem gosta mais um do outro, se o Miguel Araújo do Porto, se o Porto do Miguel Araújo. Impressionante.

17 de setembro de 2015
Diabo na Cruz, Moita

Não houve Braga e eu não ia poder ir ao NOVA Música. Felizmente consegui dar um saltinho à Moita para matar saudades (obrigada, Susana!!). Juntou-se mais um grupinho de amigos do diabo e fez-se a festa. Foi bem bonito, como é sempre.

25 de setembro de 2015
Diabo na Cruz, Feira da Luz, Lisboa

Valeu por aquela versão um bocado coise da Azurvinha, juro que pensava que nunca ia conseguir ouvir a minha favorita do disco ao vivo. Ainda houve Regresso da Lebre e Amélia (que fica ainda mais fofa ao vivo), para completar o leque de canções que a tecas nunca tinha ouvido. E depois houve mais uma data de coisas bonitas que já não apareciam há algum tempo, incluindo Armário da Glória, só mesmo para fechar em grande :)) E para poderem dizer que tocaram o disco todo, pois.

26 de setembro de 2015
Diana Martinez & The Crib, Estádio do Dragão, Porto

Quando ouvi o Unchained Mellody em a capella gostei muito da voz dela, depois ouvi o single e não gostei da música. Tendo isto em conta, o showcase surpreendeu porque não desgostei de nada. Também não adorei nada, mas não é o meu tipo de coisa. A voz dela ao vivo é mesmo fixe.

26 de setembro de 2015
Rita Redshoes, Diabo na Cruz, Noites Ritual, Porto

Foi tudo muito intenso no Porto. O nevoeiro, os concertos, o temperamento dos seguranças…
Nunca tinha visto a Rita Redshoes ao vivo e gostei muito. Talvez não seja a cena mais fixe para ver em pé e ao frio, mas adorei a voz dela. A banda que tocou a seguir também foi fixe. Estava muita gente que gosta muito deles. Eu não sei bem o que aconteceu mas vi o concerto rodeada de pessoal fixe vindo dos mais variados recantos do país. O concerto foi muito bom, o público do Porto é mesmo o melhor público. Onde mais é que o povo usa a Canta, Amigo, Canta para pedir mais um encore? Épico. Depois Fronteira e Bomba Canção para acabar com o verão da melhor maneira possível. Foi dos melhores, com os melhores, na melhor cidade. Não tenho palavras para agradecer. E, sim, já tenho saudades.

27 de setembro de 2015
Tatanka, Estádio do Dragão, Porto

Então houve Red Dress e Canção de Mim Mesmo e as novas do moço a solo e em tuga estão muito muito fixes. Assim vale a pena ter de ir ao Dragão. Depois fomos ver um Museu cheio de estátuas feias e com pessoas a fingir que são estátuas (má onda, a sério) e video mappings manhosos e tal. Valeu pelo Mourinho.

mêda mais

diz que não gosta muito de festivais // faz 400km para ir a *mais* um festival

Há dois anos que tenho o mêda + debaixo de olho. Mas este ano o cartaz exigiu mesmo a minha presença, por isso lá fui, certificar-me de que não gosto mesmo nada de acampar em festivais. Pronto, está esclarecido. Fui sozinha e voltei com novos amigos, o que foi muito fixe.

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spé boque spé roque

aqui vai o relato possível do sbsr.
Antes de mais, esclarecer que eu não sou festivaleira. Vou a festivais por concertos e nem sei o que é “o ambiente” de um festival. Mas julgo que será aquela coisa de bandos de pessoas bêbadas sem interesse nos concertos que só querem, lá está, desfrutar do “ambiente”. Pois então se é isso, meus amigos, ainda bem que este sbsr não teve ambiente. Deve ser sido por essa falta de povo, coroas de flores e selfie-sticks que gostei tanto deste super bock. Deu para ver óptimos concertos, os quatro palcos estavam próximos uns dos outros e três deles tinham opção de lugares sentados. Junte-se a isso o fácil acesso, o reforço de transportes e as casa-de-banho decentes e está criado o único ambiente de que eu preciso. A acústica do pavilhão atlântico tem vários problemas e o palco no pavilhão de portugal também teve alguns problemas de eco mas, de resto, não me lembro de mais pontos negativos.

AH. Mentira! A zona vip nos palcos super bock e edp, que está vazia a maioria do tempo e obriga os fãs e o pessoal que vai, de facto, viver o concerto a ficar mais longe do palco só porque uns marmanjos são very important. Num pavilhão atlântico com tanto camarote, era mesmo preciso isto? E num palco edp onde só tocam coisas que os vips não conhecem? Xunga. (Vá, os vips não são ignorantes de mau gosto, são pessoas como nós. Ah não espera, não são nada como nós, são vips -_-) E digo isto mesmo tendo tido acesso à zona vip no último dia, não me vão chamar de ressabiada, ou assim…

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continuo sem saber que título dar a isto (junho)

03 de junho de 2015
Chibazqui, DAMAS, Lisboa

O concerto foi bom, tal como o disco o é (podem ouvi-lo, sacá-lo e etc aqui). O mais fixe, however, foi o sítio. Primeiro, porque me obrigou a voltar à Graça, e depois porque a sala de concertos é daquelas como já não há muitas, assim de palco baixo e com pouco espaço e tal. Pena eu ser piquena e não conseguir ver nada.

10 de junho de 2015
Seiva, FNAC Chiado, Lisboa

Finalmente! São tão magníficos ao vivo como em disco, e vale imensa pena ir vê-los.

10 de junho de 2015
Tiago Saga, Janeiro, Vaarwell, Musicbox, Lisboa

Janeiro.

Tiago Saga convenceu-me, adorei a voz dele. Não sei bem porquê, mas nunca liguei muito a Time For T. Passarei a ligar mais, pois. Janeiro também surpreendeu, porque só conhecia a canção dele que está no tradiio (“As Duas Que És“) e gostava bastante, mas no concerto deu para perceber que ele tem um lado mais blues que muito me agradou. Às vezes o chato destas sessões é que são os primeiros concertos das bandas, e foi isso que aconteceu com os Vaarwell. Mais uma vez, adoro a “Branches“, e aposto que até vou adorar as restantes, ao vivo é que a coisa não me encheu as medidas.

12 de junho de 2015
Os Azeitonas, Feira Nacional de Agricultura, Santarém

Scalabitou-se! A FNA é grande e tem animaizinhos e cenas fofinhas, mas eu só vi cavalos, as usual. Mas por causa dessa falta de originalidade do Ribatejo, tivemos direito a Canção Caubói!!! Por isso, pessoas que me chateiam porque eu vou a muitos concertos da mesma banda: shiu, houve Canção Caubói. Sim. Magnífico. Também houve aquela nova versão awesome da Zão e a sempre incrível Angelus. E que bom que foi voltar a ver Az com a Susana! 🙂 No final houve pander com a boa gente de sempre.

19 de junho de 2015
D’Alva, CCB, Lisboa

Um ano de #batequebate, e que ano! Sou fã destes moços que estejam onde estiverem dão tudo pela festa e põem o pessoal todo a dançar. É tudo muito livre, leve e solto mas aquela “Primavera” será para sempre das mais bonitas e mais marcantes coisas que já ouvi. Acho que qualquer pessoa que esteja (infelizmente) habituada a lidar com aquilo de que ali se fala não consegue ficar indiferente. Eu sou uma lamechas incurável por isso a lagrimita foi inevitável (eles também não ajudam), de resto foi festa do início ao fim, com direito a piñata party e tudo. E ainda houve aquela versão incrível da “Sempre Que o Amor Me Quiser” com a ‘princesa da pop’, Isaura! Venha daí esse concerto no SBSR!

20 de junho de 2015
Samuel Úria, Festival Novos Talentos FNAC, Lisboa

Já andava com #sdds de um concerto deste senhor. Deu para matá-las, e ainda para ouvir uma canção nova! Anseio pelo novo disco e novos concertos, foi fixe voltar a ouvir a “Tigre Dentes de Sabre” e a “Pequeno Mundo” (obrigada, Deolinda!), mas… e a “Império”? :'((
Antes ainda deu para apanhar as últimas de Chibazqui e depois seguiu-se para o Miradouro para ouvir, lá ao fuuuuuundo, um bom bocado de Deolinda.

23 de junho de 2015
Café-Concerto-Comunitário Tudo é Vaidade + Benjamim, Selma Uamusse, Samuel Úria, Taberna das Almas, Lisboa

Concertos com sofás em vez de cadeiras ❤
Muito lindo e fofo, como tinha sido no São Jorge no ano passado. O ambiente é incrível e aquela “Só Me Resta Chorar” não engana. Arrepios everywhere. Saímos de lá a cantarolar que “há uma festa que nunca termina, onde todos cantam, ninguém desafina!”

26 de junho de 2015
Diabo na Cruz, Arraial de Benfica, Lisboa

Meh… fraco.
Siga a Rusga, Bomba Canção e Fronteira? fraco.
A 10min de minha casa, com a Mariana a vir de propósito (para me ver, atenção :v), a Filipa e a estreante Laura que adorou tudo? fraco.
Com aquilo cheio de gente que cantava tudo e fez a festa desde o início? fraco.
Esqueçam, não há concertos fracos desta gente, muito menos em lisboa. É lei.
Quando é que é o próximo, mesmo? Já tenho saudades.

Disse que não voltava a fazer isto, mas desta vez há algumas certezas: You Can’t Win, Charlie Brown, Festival Silêncio, Voz & Guitarra e Super Bock Super Rock (sim, chegou o mês em que vou ver um dos meus all time heroes!!!). Siga, Julho!

continuo sem saber que título dar a isto (abril)

11 de abril de 2015
Diabo na Cruz, Ávinho, Aveiras de Cima

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mais um.
estava à espera de alinhamento novo por ser ao ar livre mas parece que ainda vou ter de esperar um bocadinho. valeu a pena só pela armário da glória no final. mas tive pena que houvesse tanta parvoíce no público (acho que o nome da festa é capaz de ser uma boa dica para o problema).

16 de abril de 2015
Éme + Xungaria no Céu + C de Croché, Noite do Crime Eléctrico #3, Sabotage, Lisboa

sobre o éme digo apenas que a cada audição mais gosto do último siso.
sobre XNC deixo só isto ❤
gostei da noite, portanto.

18 de abril de 2015
D’Alva (redux) + Isaura, Musicbox, Lisboa

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fui com colegas de turma e os que não conheciam d’alva ficaram fãs. acho que isto diz tudo sobre a festa imensa que é um concerto destes moços. ainda não os tinha visto em redux mas a energia é a mesma de sempre e contagia qualquer um. quando é o próximo? 19 de junho? ccb? siga!
quanto à isaura, fiquei bastante curiosa com o ep. sou daquelas pessoas que passa a vida a ouvir (e a investir, isto foi uma noite tradiio, não esquecer!) a useless e depois desta pequena apresentação, acho que o mesmo vai acontecer com uma ou outra das novas canções. venham elas! o meu colega gonçalo descreveu bem a noite no blogue dele, que merece a vossa visita assídua.

20 de abril de 2015
Scott Matthew, São Jorge, Lisboa

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aulas com concertos :))
tinha ouvido um pouco em disco e não gostei muito mas ao vivo convenceu-me. a voz do moço é incrível e o humor dele conquista logo (e o facto de estar constantemente a dizer o quanto gosta de lisboa e de portugal também). foi uma noite mesmo bonita.

24 de abril de 2015
Beautify Junkyards, Tó Trips, Alasdair Roberts, Mercado de Música Independente, MNHCN, Lisboa

o mais importante desta noite foi que fiquei a saber que gosto de whiskey com ginger ale. de resto: o tó trips é o tó trips, ainda é preciso dizer alguma coisa? beautify junkyards ao vivo são só 50% daquilo que são em disco e o alasdair roberts é incrível. se estiverem à procura de canções tradicionais de folk escocês, he’s your guy. no dia seguinte, no mesmo sítio, ainda houve mais uma dose de xungaria.
o mercado foi uma surpresa no bom sentido, mas uma dor para quem, como eu, não tem dinheiro. trouxe só o desoliúde porque já andava a falhar e estava ali assim… pronto, não deu para vir para casa de mãos a abanar. espero que a iniciativa se repita porque vale muito a pena.

e, se tudo correr bem, maio vai ter: márcia, tv rural, os azeitonas (em modo hiper especial), mimicat, antónio zambujo e diabo na cruz. parece-vos bem? 🙂

não sei que título dar a isto (setembro)

06 de setembro de 2014
Diabo na Cruz, Jorge Palma + Sérgio Godinho, Oquestrada, A Naifa + Ana Deus + Simone de Oliveira, Festa do Avante!

ainda dei um salto à quinta da atalaia no dia antes e espreitei os Skills & The Bunny Crew. do pouco que vi, gostei muito, fez-me lembrar RATM por uns momentos. mas essa noite só serviu mesmo para passear pelo recinto e ficar com uma ideia daquilo que é o avante. há muito que ouvia falar mas durante muito tempo recusei-me a ir. é tão bom crescer, não é? este ano decidi deixar-me de tretas (e fi-lo antes de terem anunciado os artistas da festa, não venham cá com coisas – sim, já vos estou a ver a pensar “oh, sim, ‘tá bem, tu só foste por causa de diabo!”). nesse sábado chegámos cedo ao seixal mas demorámos quase uma hora a arranjar lugar para o carro. conseguimos entrar no recinto uns dez minutos antes do concerto começar e depois de um mini sprint ainda conseguimos lugar na primeira fila. ahh diabo na cruz. foi, obviamente, lindo e maravilhoso. como é sempre, pois claro. estava muita gente, mas gente pouco entusiasmada (característica pelos vistos crónica do público do avante). lá na frente, ia-se fazendo a festa, como tinha de ser. tive pena de ter sido tão cedo, tive pena de ter sido tão curto. mereciam mais. ainda assim, foi óptimo. seguiu-se jorge palma com sérgio godinho. um concerto que não acompanhei com muita atenção porque pouco antes de começar encontrámos a maria e estivemos à conversa com ela um bom bocado. lembro-me do frágil e do deixa-me rir nesta altura. já nos tínhamos despedido da maria quando chegaram a joana e a cátia. todo um reencontro. por entre a conversa lembro-me da liberdade, e de ter ficado hiper desiludida com o público. então esta canção. parecia que pouca gente conhecia. no bons sons teve uma reacção muito mais bonita do que ali. foi triste. depois ainda houve o a gente vai continuar. um belo concerto, que quando acabou nos deixou a chuva. e essa não quis acabar. nunca. ok, há-de ter acabado, eventualmente, lá para as tantas da manhã. depois de jantarmos abrigadas “no alentejo” (adoro essa coisa das zonas do país “onde estás?” “nos açores” “ok, estou no alentejo, vou já p’rai”), voltámos para o relvado para ver oquestrada. só me lembro da chuva. chuva chuva chuva. e mais chuva. e nós ali, a dançar, a conversar, a joana a fazer o pino. tudo muito normal. quando a naifa começou tentámos ir para o auditório, mas estava cheio de gente e era impossível estar lá. vimos a simone fazer todo um discurso e dançámos a desfolhada. ouvimos o resto do concerto abrigadas algures, à espera que a chuva desse tréguas. não deu. ainda hoje me dói a alma por ter perdido o tigerman. outra vez.

07 de setembro de 2014
Ciganos D’Ouro, Paulo de Carvalho + Agir, La Troba Kung-Fú, Buraka Som Sistema, Festa do Avante!

ainda apanhámos as últimas músicas dos ciganos d’ouro mas nada de mais. arranjámos um espacinho na relva onde deitar a manta para ver paulo de carvalho. comprámos um cravo e tudo. eu não conheço muito bem o trabalho dele, admito, só o e depois do adeus. mas queria muito ouvi-la ao vivo. o concerto foi engraçado, a parte com o agir correu melhor do que eu esperava. depois chegou o encore e houve umas duas frases da e depois do adeus. mais nada. trocou de música a meio “desculpem mas gosto mais de cantar esta”. opá, está bem. se não queres cantar a outra, não cantes. agora cantar um bocadinho e depois mudares é muito xunga. durante o comício arrastei a filipa para a exposição sobre o 25 de abril, que estava o que eu esperava, tendo em conta o partido e respectiva propaganda. só fiquei triste por não haver menção ao 16 de março (não liguem, coisa de caldenses). ficámos na relva a comer e contemplar os céus enquanto o jerónimo demonstrava falava. depois fomos para o relvado principal basicamente esperar por buraka. la troba kung-fú, os catalães que tocaram nessa altura, pareciam estar a fazer uma grande festa, mas não me fizeram levantar. já buraka… não é, de longe, o meu género de coisa mas a qualidade do espectáculo ao vivo é inegável. energia por todos os lados. é impossível ficar indiferente. surpreenderam-me e muito. no final, estávamos tão cansadas que dançar a última carvalhesa custou.

13 de setembro de 2014
Miguel Araújo, NOS em D’bandada, Porto

num dia, vinguei-me de duas coisas que o erasmus me roubou. primeiro, a d’bandada. esse incrível evento na invicta em que há mil concertos de artistas portugueses de grande qualidade mas onde só consegues ver um ou dois se tiveres sorte e se os deuses dos horários estiverem contigo. comigo não estiveram, que eu tinha de estar em braga ao final da noite. por isso, perdi capicua, d’alva, b fachada, rita redshoes e mais uma data de coisas. mas não perdi aquilo que mais queria ver (também era difícil): miguel araújo num eléctrico em andamento. a aventura de conseguir sequer entrar no eléctrico é muito complexa para explicar. mas conseguimos, foi maravilhoso. surreal, até. sempre que o eléctrico parava vinham dezenas, se não centenas, de pessoas ouvir o concerto. quando o eléctrico andava, vinha muita gente atrás dele, muitos a correr mesmo lado a lado ao eléctrico. mesmo a subir a 31 de janeiro. foi muito especial, muito intimista, apesar de ele ter tocado para uma grande parte da baixa do porto. o momento mais incrível foi já no final, numa canção em espanhol que de repente se transformou no pica do 7: el pica del siete! foi, facilmente, a melhor viagem de eléctrico que já fiz, com a melhor banda sonora, a melhor companhia e a melhor vista. também foi a viagem de eléctrico mais difícil de conseguir, mas pronto. valeu a pena.

13 de setembro de 2014
Os Azeitonas, Noite Branca, Braga

quando chegámos à praça, o concerto do Pedro Abrunhosa estava prestes a começar. foi um tanto ou quanto aborrecido. eu diverti-me a gritar por Leiria (o homem dizia Braga de cinco em cinco minutos) e nós íamos cantando a tourné e tirando fotos parvas. claro que o senhor teve de demorar mais meia-hora do que era suposto e que, portanto, o concerto d’Os Azeitonas, que era para ter começado às 02h, só começou quase uma hora depois do previsto. obrigadinha. portanto, um excelente concerto com uma «quase big band» que deu outra dimensão a canções que já estou habituada a ouvir em versão banda normal: showbizz, lisboa não é hollywood, desenhos animados, etc. e ainda deu a possibilidade de ouvir coisas menos comuns: cantigas de amor (freamunde feels, #sdds zambujo), com mendes versão tony de matos – sem guitarra, a segurar o cabo do microfone… priceless – e angelus. sim. angelus. angelus versão coliseus. coliseus, onde eu não estive. a tal outra coisa que o erasmus roubou. exacto. desidratei nesses minutos. foi muito muito muito lindo. saímos de braga já era quase de dia mas who cares? foi maravilhoso. “pa ra pa paaaaa…..”

19 de setembro de 2014
Modernos, Sequin, Fachada, Os Capitães da Areia, D’ALVA, Festival NOVA Música

depois do momento “ei, isto lembra-me o paredes” no relvado onde estava o palco, sentámos à espera de modernos. são três dos capitão fausto e lembra muito capitão fausto. gostei que tenham tocado feromona. seguiu-se sequin que até foi bastante bom, tendo em conta o que eu esperava. tenho mesmo de ir ouvir o disco. fachada já nos fez levantar e ir lá para a frente. entre brincadeiras por estar em ambiente universitário (“faltam-me umas cadeiras para acabar o curso… duas palavras: honoris causa.”) e problemas de som (“se fosse o noiserv já estava a desesperar”, disse a filipa) passou-se muito bem. até houve o só te falta seres mulher que toda a gente pedia desalmadamente. pareceu-me que foi o concerto mais concorrido da noite. logo a seguir passou a loucos estão certos e toda a gente começou a cantar, foi bonito. os capitães da areia e a confirmação de que gosto muito deles. já me tinham chamado a atenção no bons sons e agora voltaram a dar um excelente concerto. venha daí essa viagem a bordo do apollo 70. D’ALVA! finalmente! a festa que eu esperava multiplicada por dez, uma entrega incrível e muito #barulho. foi fantástico.