matei a rubrica e fiquei sem título para isto outra vez

guess what: continuo sem saber que título dar a isto.
outro dia a sair do concerto de deolinda no coliseu o diogo perguntou-me o que tinha achado do concerto de capicua no ccb. achei estranho, já se passou algum tempo. depois lembrei-me que dantes escrevia aqui sobre tudo o que ia ver. e logo a seguir apercebi-me de que essa rubrica maravilha já não aparecia por aqui há mais de um ano. vamos lá tentar fazer um revival, que o desemprego está a dar comigo em maluca.

capicua no ccb

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“um dia ainda vou dividir o palco com uma banda”, dizia ela n’a última, nem imaginando que o primeiro palco ia ser logo o do ccb. e a reacção do público nesse momento? :’)) o formato banda funcionou lindamente, fluidez total a dar espaço para tudo respirar. sala cheia, mãos no ar, cabelos despenteados… do bonito mesmo. e depois é o que já se sabe, aquelas palavras e aquela atitude são fonte de inspiração e motivação todos os dias. a minha religião é a auto-superação 💪

tudo isto nem 24h depois de ter aterrado. melhor primeiro concerto de regresso à tuga! : )

gomas alucinogénicas, os polegar, ciclo preparatório no musicbox

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já aqui falei do meu amor à azul tróia. e aos ciclo preparatório. pronto, então, que mais dizer? a voz da moça de gomas alucinogénicas lembra a voz da xana de rádio macau. os polegar são os golpes do ribatejo. o ciclo preparatório regressou triunfante com canções novas, e ainda nos deixaram berrar os hits. ahh, noites no musicbox a cantar pela lamarosa e pela lena d’água, há melhor?

joana barra vaz no lumiar (não sei amigos eu saí em telheiras mas o bilhete dizia lumiar não sou de lisboa deixem-me era aquela coisa do gerador)

era para ter ficado para o jp simões(bloom?) mas não deu. no problem, mergulho em loba a voz e guitarra bastou para deixar o coração bem quentinho. casa é canção ❤️️

deolinda na paiva couceiro

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fui matar saudades do bons sons e acabei com ainda mais saudades do bons sons. ora bolas. o outras histórias foi dos meus discos favoritos do ano que passou, e voltar a ouvir aquelas canções ao vivo foi tão tão bom. especial menção à nunca é tarde por ir buscar coisas aos confins do sei lá o quê e deixar-me sempre em modo buzz lightyear. só a deolinda, mesmo.

cave story no céu de vidro

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finalmente cave story! e logo na minha terra! que, por sinal, coincide com a terra deles! ora que bem. das melhores bandas deste pedaço de terra à beira mar etc e tal você sabem o resto, outro disquinho imprescindível de 2016. o público aqui é pouco e calmo, mas duvido que alguém consiga ficar indiferente ao riff da body of work. creio ser fisiologicamente impossível. agora quero um com público digno, que o primeiro é para os pardais, né verdade? já agora, estes meninos agora organizam concertos bem fixes aqui na terra. nem sempre consigo cá estar (omd 800 gondomar vieram à minha terra e eu não estava #chorando), mas é tão importante fazer acontecer por aqui!

por aleppo no parque mayer

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estava no scroll de instagram habitual até que parei no vídeo do benjamim. nome atrás de nome, fave atrás de fave. ia ter de ser. lá fomos a lisboa gastar dinheiro que não tínhamos, mas não só era por uma muito importante e urgente causa, como todo o cardápio era irresistível. e foi tão bonito? sou capaz de ter chorado um bocadinho. a nova canção do benjamim, a império com o aj e o gospel collective, a smilling faces só a voz(es) e guitarra, a primavera com a imagine, a ana moura com o tó trips… eu sei lá. parecia que cada actuação superava a que vinha antes. e depois o final com os discursos e a we are the ones com todos? todo um mondego. bem haja a quem pôs isto de pé e, acima de tudo, aos médicos sem fronteiras, que tanto fazem. somos todos muito pequeninos.

miguel jorge no terreiro do paço

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só terreiro cheio a cantar sem pedir, era a recantiga era a romaria, ora se o povo de lisboa se faz ouvir o melhor é deixar, que isso é coisa rara. acabou com a cowboys from hell e passou pelo dylan do nobel o nobel do dylan, esse, aquele, pois. já não sei que vos dizer sobre este jovem, é caso sério e vêm aí mais provas disso, quanto apostam? venha de lá esse disquinho novo.

os azeitonas na avenida dos aliados

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antes da contagem decrescente ouviu-se nos aliados o relato do golo do éder, seguido daquela música que passava muito durante o euro (“we’re in this O ÉDEEEER, nanana this tog-ÉDEEEER!!” – essa). foi mais exciting do que entrar em 2017. o último concerto dos az com o aj teve de tudo. aquele sentimentalismozinho, aquela festa característica, e aquele comic relief a transformar qualquer saudade antecipada em gargalhada. nem planeado corria melhor. o fim é um princípio qualquer, já diziam os outros, e nós cá estaremos para os azeitonas três ponto zero, como estivemos sempre: ano novo ou são joão a gente vai na digressão. salvé, ázê!

you can’t win, charlie brown no ccb

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andava a guardar os cêntimos todos, tinha seis eurinhos de lado, a pensar que passava no ccb no dia e aproveitava os 50% de desconto para a galeria em pé. só queria ver o concerto, mas aqueles preços não estavam amigos da minha situação. antena 3 to the rescue! a melhor rádio tem passatempos fixes e eu lá tive a sorte de poder ir ver e ouvir o marrow à plateia. gosto muito dos charlies e adorei o disco, junte-se a isso aquele coro maravilha e umas cordas bonitas e ó, tá feito o concertaço. muito, muito amor pela sad song.

the black mamba no coliseu do porto

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na altura matutei muito sobre este acontecimento. a minha ligação a black mamba faz-se mais por amigos de amigos (ou faves de migas) do que outra coisa. não é banda que ouça normalmente, mas acabo por vê-los umas quantas vezes. e a verdade é que dão sempre bom show. não estou a ver uma banda em portugal que faça aquilo que eles façam com aquela qualidade, e posso não morrer de amores por muitas das canções mas depois há ali umas que batem forte (tipo red dress e ride the sun, tipo o riffalhão da under my skin e tipo a belezura da nova still i am alive – se se chamar assim). durante o concerto, enquanto sentia o entusiasmo por tabela – a teresi viu as suas crianças esgotarem um coliseu e eu estava encarregue de fornecer lenços, status reports no estado da make up e lembretes ocasionais para a realização da actividade geralmente conhecida como “respirar” -, pensava muito no quão marcante aquilo estava a ser, ainda que para mim, emocionalmente, não tivesse grande peso. temos de ter a capacidade de reconhecer o trabalho e dar o devido valor a quem faz bem, mesmo que não amemos o seu trabalho por aí além. ou até mesmo que não gostemos simplesmente, como me ensinou o menino richie campbell nessa noite. é que, sabem, o migo fez dueto na red dress e eu achei logo que ele ia estragar tudo. mas não, foi um momento mesmo bonito, e mesmo quando depois tocou a música dele e fez de mim a única pessoa a desconhecer a letra no coliseu inteiro, surpreendeu-me pela positiva. é assim, it is what it iiiiiiis.

ah, e já agora, ouvi o rui veloso cantar a porto sentido num coliseu do porto cheio. arrepiei mil. fui ao plano b mas não me lembro muito bem do plano b (tem uma estátua?).

frank carter & the rattlesnakes, biffy clyro no coliseu

imaginem 10 mil alemães. 10 mil alemães num pavilhão esgotadíssimo, todos para ver biffy clyro. num país com mercado musical que existe, onde biffy foram #1, onde fazem promo em rádios e tvs, onde há cartazes gigantes da digster com as fronhas deles a anunciar simplesmente uma playlist (às vezes tenho sdds de hamburgo), onde são cabeças de cartaz nos grandes festivais e onde tocam, só nesta tour, por 13 vezes, sempre em salas onde cabem 10 mil ou mais almas. imaginem essas 10 mil vozes a cantar a many of horror. estão a imaginar? ok, fixe, agora multipliquem isso por dez, e obtêm uma aproximação fiel ao que foi ouvir a many of horror por nem quatro mil tugas. não somos os melhores do mundo, mas caramba, temos qualquer coisa. sei lá, eu no sporthalle tive gente a olhar para mim de lado por cantar o riff da bubbles ou a melodia da stingin’ belle. qual quê, em lisboa acho que só olhariam de lado para mim se *não* cantasse cada nota. que concerto, amigos, que banda, que público, que sorte, isto tudo. no final o tuga virou sul-americano e eu por momentos senti-me uma costa riquenha no meio do flight 666 só que em vez de maiden era biffy e pode ter sido um bocado chato para nós e para eles, mas deu para dar aquela palavrinha, tirar aquela selfie e apreciar as variadas caretas que nos fizeram da carrinha. sois big in portugal, amigos, agora por favor não se esqueçam disso e voltem rapidinho, sim? brigadas.

nota para frank carter e os seus rattlesnakes que deram um belo de um show também! mais bandas de abertura deste calibre se faz favor.

deolinda no coliseu

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tiremos todos um momento solene para agradecer ao filho gil esta magnífica oportunidade. não sei se mais alguém sem ser press ou crew do coliseu fez a dobradinha biffy clyro/deolinda, mas é assim, adoro as duas bandas, que querem. 10 aninhos de fon fon fon, a não sei falar de amor logo para começar (tipo declaração de intenções para a tecas: prepara, que isto vai ser #emosh), e muitas coisas de fazer sorrir de orelha a orelha, tipo a pois foi ou aquela canção sobre eu e o meu gato (também conhecida como manta para dois). uma bela festa de anos, indeed!

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não sei que título dar a isto (novembro)

04 de novembro de 2014
Dead Combo, Festa 30 anos Blitz, Misty Fest, S. Jorge

o concerto em si foram só três músicas e a classe do costume. mas este fica marcado mais por aquilo que foi toda a noite. perdi os outros concertos todos porque estive em serviço da blitz a recolher depoimentos de músicos, jornalistas e pessoas fixes no geral. foi um atirar aos leões sem a rede familiar a que a escs fm me habituou e mais um passo em frente na luta contra a timidez crónica e aguda. cheguei a casa exausta psicológica e fisicamente, mas ainda consegui juntar umas palavritas com os colegas. uma honra do caraças.

08 de novembro de 2014
Gisela João, Misty Fest, CCC

num qualquer dia de agosto, quando voltava para casa de um passeio matinal com a minha mãe pelas caldas, ao passar pelo CCC vejo anunciado no ecrã: Gisela João – Misty Fest – 8 de novembro. Instintivamente pus a mão no bolso à procura de dinheiro. “Mãe, ‘bora comprar bilhetes. Temos de ir”. Na altura nem 2€ tinha, por isso a compra ficou para mais tarde, mas claro que fomos. É raro ter nomes destes na terrinha, há que aproveitar. Foi mais curto do que esperava, tanto movimento fez-me confusão mas a voz e a postura compensaram. E a minha mãe até que nem odiou.

10 de novembro de 2014
Diabo na Cruz, FNAC Chiado

eu a pensar que ia outra vez ver diabo sozinha e eis que dou por mim com duas raquéis e uma sónia. magnífico. o lançamento do tão esperado disco, apresentado num registo meio-acústico que correu muito bem. as novas soam lindamente, aquela versão da luzia é incrível, e a fnac estava cheia. até o samuel úria foi, só para eu e a sónia suspirarmos um bocadinho. no final, houve pins e dois dedos de conversa muito engraçada. continuo a achar que são a banda mais fixe de todo o sempre.

10 de novembro de 2014
David Fonseca, Arena Live, Casino Lisboa

não há, desde 2008, um ano na minha vida sem um concerto deste senhor. este foi o último da Seasons, num ambiente muito estranho porque o casino é chulo e faz disto às pessoas. mesmo assim, soube tão bem voltar a cantar aquelas canções outra vez um ano e oito meses depois. e a this raging light, como sempre, a bater tudo e todos.

12 de novembro de 2014
Rodrigo Leão + Camané, Misty Fest, CCB

já tinha saudades de ir a concertos com acreditação. “o espírito de um país” talvez seja um título um bocado arrojado de mais mas que o senhor é um mestre, lá isso é. apesar de não conhecer a coisa a fundo e de a certa altura me parecer ir sempre dar tudo ao mesmo, é um bonito espectáculo. depois, chega o camané e, como disse o gonçalo, ficamos coladinhos às costas da cadeira tal o impacto daquela voz. não é deste mundo. não pode…

21 de novembro de 2014
Lula Pena, B Fachada, Rotas & Rituais, S. Jorge

Lula Pena não conhecia e fiquei muito bem impressionada. B Fachada… que dizer. É o géniozinho do costume que me pareceu estar mais bem disposto que o habitual e fez do concerto uma bonita festa. valeu.

22 de novembro de 2014
Mão Morta, Rotas & Rituais, S. Jorge

é daquelas falhas inadmissíveis, não conhecer mão morta, não é? senti-me uma idiota ali no meio daquele público tão maluco e a cada música só pensava “fónix, mas isto é brutal, que raio, isto é do caraças” etc. agora é mergulhar nos discos que andei a perder durante estes aninhos todos. para ver se para a próxima não ficamos os únicos sentados…

24 de novembro de 2014
Os Azeitonas, Arena Live, Casino Lisboa

um dia especial. estive em reportagem com uma banda que adoro que por acaso é ‘feita’ de pessoas super fixes. nunca um concerto deles passou tão rápido. eu quase não vi nada porque, de facto, foi a noite com mais gente e aquilo não dava para andar por lado nenhum. orgulho imenso. e o angelus! o angelus…

27 de novembro de 2014
Camané + David Fonseca, Time Out Mercado da Ribeira

acordei super doente às 7h para ir fazer uma dose de 7 exames médicos. a voltar para casa da clínica adormeci no autocarro e fui parar à damaia. depois de almoçar à pressa tive uma reunião absolutamente desnecessária no trabalho e fui para a etic tentar trabalhar mas não consegui por causa dos miúdos a ouvir música e conversar. isto para dizer que tive um dia assim a modos que mau, a roçar o deprimente. e depois chego à aula e a prof diz que vamos ver o camané e o david e pronto, está tudo bem. sobre a voz do camané já esgotei as poucas palavras que teria, sobre o david a cantar fado… bem, o moço surpreendeu.

29 de novembro de 2014
Miguel Araújo, Coliseu do Porto

tinha de ser.
que noite incrível. aliás, que dia incrível. voltar ao porto é estar com a delegação norte da empresa e ser feliz a dizer parvoíces e tirar fotos duvidosas. jantámos num ápice para podermos preparar as surpresas mas depois não deu e tivemos um stress que durou até ao início do concerto mas depois… depois na balada astral aquilo encheu-se tudo de luzinhas e nos maridos os balões caíram todos e foi uma festa do caraças e “eu já sei quem está por trás disto”. pois é, vida de fangirl tem destas coisas. o concerto foi magnífico, o crónicas à la benjamin button, o zambujo e a ana moura e os tios!! os tios roubaram a noite. que concertaço. o moço esgotou a mais emblemática sala da sua mui nobre e sempre leal cidade e apresentou-se ao mais alto nível. “feitinho!”