teremos sempre Cem Soldos

Voltar ao Bons Sons foi como voltar a casa. Só que só lá tinha estado há dois anos, por quatro dias. Mas foi mesmo isso que senti quando voltei a entrar na aldeia. Lembrava-me tão bem de onde e como tudo era, da paz e respeito que por ali se sente, do calor abrasador e dos borrifadores a combatê-lo, da música em todo o lado. Apesar das mudanças dos últimos anos (Giacometti em coreto, a separação do Lopes-Graça e do Aguardela, aquela pseudo relva maravilhosa no largo, etc), o Bons Sons não perdeu a identidade e mesmo assim não deixou de inovar e crescer. É mesmo um sítio muito especial ao qual queremos sempre voltar. O ano passado sofri por não ter conseguido ir, este ano não podia mesmo faltar. E desta vez, mesmo não acampando, acabei por viver a aldeia muito mais (e melhor!).

sexta-feira, 12 de agosto

Esperava mais de Pega Monstro mas admito que aqueles talvez não fossem nem o lugar nem a hora ideal para elas. Ainda assim, muito amor para as irmãs Reis. O documentário do Auto-Rádio está à altura do discaço do Benjamim com que partilha nome. A ligação às frequências da rádio, as entrevistas e presença constante das vozes a que estamos habituados a ouvir na telefonia, interligadas com os momentos de cada um dos 33 concertos em 33 dias (!!!) e a dissecação do álbum em si está muito bem conseguida. E há SILOS! Munto orgulho em ter tido a digressão na minha terra e poder ter lá estado.

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Birds Are Indie com mais um concerto de rebentar a escala de fofura. Que disco bonito e que banda tão fixe. Ambiente perfeito para o pôr-do-sol no Giacometti. Claro que andámos a cantarolar a Partners In Crime o resto dos dias. Best Youth ❤ finalmente como deve ser! Adorei, porque gosto muito deles e do Highway Moon e porque ainda não os tinha conseguido ver sem ser um niquinho no sbsr há já um ano. Foi o primeiro concerto na Eira, acabou por ser um óptimo presságio para o último. Kumpania Algazarra deve ser giro se estiveres nesse mood mas eu não estava, e lá está, prefiro o Kusturica. Sensible Soccers pareceu ter sido bonito mas muito lá ao fundo e entre conversas. É que este Bons Sons teve uma bela dose de malta fixe.

sábado, 13 de agosto

Quando se enche uma pequena igreja para ouvir, cantar e aprender com as Adufeiras do Paúl, o resultado só pode ser maravilhoso. Dos melhores concertos que presenciei nesta edição e dono do melhor momento: Milho Verde (em homenagem ao “pai disto tudo”)/Armas do Meu Adufe cantado por uma igreja a abarrotar de gente e a ovação que se seguiu. De arrepiar. Deu-me a quebra do calor e do sono em Grutera, passei pelas brasas no largo ao som de Few Fingers. Lavoisier acordou-me e bem. Que belíssima surpresa, que voz, que interpretação. Quanta coisa cabe numa guitarra e numa voz daquelas: Pessoa, canção popular, Acordai e belas canções originais. Ali no coreto, com a malta sentada ao final do dia, a velhota à janela no rés-do-chão com a neta bebé ao colo, por cima dela os pés de quem se sentava ao parapeito no primeiro andar. Os alemães ao meu lado maravilhados, e a citação do Lopes-Graça: “a música popular portuguesa é bela, difícil é reconhecê-lo”. O Bons Sons é muito isto.

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LODO é fixe sem voz, embora ainda muito colado às óbvias influências. Foi muito giro ver a banda da terra (de quem já foi voluntário no festival e quem cresceu a viver a aldeia) a tocar para tanta gente, tho. Palmas a eles por isso, e boa sorte para a final do concurso de bandas lá no Porto. Preciso que o disco da Cristina Branco chegue rapidamente, foi a conclusão a que cheguei depois do concerto. Há muita coisa bonita ali. Da Chick foi funk, foi dance, foi hip hop e Mike El Nite. E foi bocejo e friozinho e “hmm acho que vou para o largo”. Não foi o dia de Da Chick para mim, mas ele há-de chegar, até porque tenho mad respect por ela. Ainda não tinha ouvido o Outras Histórias e agora que escrevo isto já ando viciada no disquinho. Foi o efeito que o concertaço de Deolinda teve em mim. Ainda não me tinham convencido ao ar livre e desta vez parece que compensaram por todas as outras. Amei. Que lindos sois.

domingo, 14 de agosto

O André Barros escreve e toca coisas muito fofas. A Isaura deu grande show. Daquela Tradiio Sessions no Musicbox para aqui houve uma evolução notável. Gostei imenso do EP (e da Change It e da Eight) e fiquei muito muito feliz por vê-la ali tão bem. E por ter havido Lost, coisa que nunca pensei que fosse acontecer ali. Sou #TeamIsaura e tenho grandes expectativas para o que aí vem.

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O disco dos Keep Razors Sharp tem rodado tanto nestes dois anos, que eu esperava grandes coisas daquele início de noite na Eira. Não desapontaram. Bandaço. Roque Enrole do bom, preciso de mais, se faz favor. White Haus foi ziro, o João Vieira é o maior, mas dá-me mais saudades de X-Wife do que outra coisa. Fandango foi show. Não sabia bem o que esperar e gostei mesmo. Mas tenho algum receio de que em disco não bata tanto como bateu ao vivo. Veremos, mas confirmou a minha crença de que se tem o Varatojo é bom.

segunda-feira, 15 de agosto

Quantas referências já fiz aqui a feromona e Chibazqui? Pois. Diego Armés na igreja foi deveras bonito. E sim, houve feromona <3. De Flak só comecei mesmo a gostar quando entrou Rádio Macau na cena. Solos de guitarra e saltos do amplificador em pleno altar? O Bons Sons é muito isto, também. Finalmente Golden Slumbers, ali no coreto, a mostrarem que são mais do que vozes fofinhas e guitarraa acústicas. Belíssimo concerto que fez esquecer o calor horrível, avé! Sopa de Pedra, no Lopes-Graça, à hora de jantar. Tudo caladinho a escutar e a deliciar-se com as vozes, as harmonias, as melodias e caraças, que coisa bonita é esta que está a acontecer aqui. Que maravilha.

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Deu para dançar em Les Crazy Coconuts, que me pareceram funcionar muito melhor ao vivo do que em disco. Jantei nas mesas do largo, rodeada de cem soldenses, a ouvir um belo concerto de Jorge Palma. Só hits e tudo a soar mesmo ali no ponto. Até tive pena de não estar lá mais no meio, mas era precisar recarregar baterias que estava quase na hora de D’ALVA. Que festão. Que evolução incrível, de quem eu espero sempre muito e mesmo assim me consegue surpreender sempre. Estes migz vão longe, já fizeram e continuam a fazer história, nem que seja pela lufada de ar fresco que trouxeram à cena tuga. E nem falo (só) da música, mas de uma atitude, de uma liberdade e abertura de espírito que não te deixa indiferente. Esta malta dá-te a inspiração e motivação para acreditares que é possível. Seja o que for, venhas de onde vieres, é possível, és capaz. Damn, olha eles ali! Eu valorizo isso pra caramba, mesmo. Nutro muito muito carinho e admiração por D’ALVA, mêmo a sério ❤ Mereceis tudo isto e muito mais. TochaPestana foi festança da boa e Dj Rubi idem, se bem me lembro. Final perfeito para o melhor festival.

Já tenho saudades, falta muito para voltar a Cem Soldos? Só espero que não. É que durante o ano infelizmente sinto muita falta deste amor, deste interesse e deste apoio e projecção da música portuguesa, em quase todos os seus tamanhos e feitios. Enquanto tudo o resto continua a escassear, nós, que ouvimos atentamente a música deste país, teremos sempre Cem Soldos. Dizia o Varatojo que a música portuguesa se sente em casa nesta aldeia e eu concordo e acrescento: eu também.

Bem-haja a quem faz tudo isto possível. E até para o ano, espero eu!

 

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continuo sem saber que título dar a isto (outubro)

06 e 07 de outubro de 2015
They’re Heading West + Frankie Chavez + 3/6 You Can’t Win, Charlie Brown + Peixe + Samuel Úria, Casa Independente, Lisboa

Gosto muito de They’re Heading West e o lançamento do disco era coisa imperdível, ainda por cima com tanto convidado de prestígio. E foi tudo tão bonito na primeira noite que não resisti em repetir a dose. Ora, a Well, sempre. A Barbarella a duas vozes, a Buzz pelo Afonso Cabral, o Peixe na Future Me (!!), o Frankie Chavez sendo awesome como sempre, a Large Amounts com toda a gente. Foi tudo muito muito bom, quando é o próximo?

08 de outubro de 2015
Savages, Lux-Frágil, Lisboa

Depois do bocadinho que consegui ver no super bock, finalmente um concerto só delas e no sítio certo. Que noite! Concerto super intenso, Jehnny Beth é uma frontwoman do caraças e as novas músicas estão incríveis. Assim vale a pena esperar pelo novo disco. E aquela Fuckers!

10 de outubro de 2015
Benjamim, Embaixada, Trampolim Gerador, Lisboa

Benjamim no Trampolim. Vi-o este verão ainda sem disco na rua, e entretanto o Auto Rádio tornou-se num dos meus favoritos deste ano. Fácil. Ao vivo só gostei ainda mais das canções, que com banda soam ainda melhor. Tudo certo.

15 de outubro de 2015
Torpe, Chibazqui, Samuel Úria & As Velhas Glórias, Noite do Crime Eléctrico, Sabotage, Lisboa

Torpe e “isto é aquela música d’Os Filhos do Rock!!!” e depois lembro-me que nunca acabei de ver isso, que xunga. Chibazqui magníficos como sempre, gostei das coisas novas, e das que já existiam. Vão ouvir o disco, vale a pena.
Samuel Úria & As Velhas Glórias implacáveis outra vez, podiam fazer isto todas as semanas, não me importava. Agora choro porque parece que para a próxima há Lacraus e eu não vou poder ir.

17 de outubro de 2015
Os Azeitonas, Grande Prova Mediterrânica de Vinhos e Azeites do Alentejo, CCB, Lisboa

Os azeites eram todos bons. Concerto a cumprir, mas com algumas surpresas agradáveis: Canção Caubói, Zão e Cantigas de Amor. Assim vale ainda mais a pena.

23 de outubro de 2015
António Zambujo, Diabo na Cruz, Adoramos a Nossa Gastronomia com Coca-Cola, Sala Tejo, MEO Arena, Lisboa

Não sou grande fã do Rua da Emenda e ainda não tinha visto o Zambujo neste registo. Achei estranho não haver Zorro nem Lambreta mas houve Guia por isso está tudo bem.
Diabo foi surpreendente porque aquele sítio era estranho mas deixou de o ser quando o concerto começou. E depois o alinhamento foi diferente e houve Fronteira e Bomba Canção e Corridinho… Vale mesmo sempre a pena. Sempre.

24 de outubro de 2015
Inga Copeland, PAUS, Jameson Urban Routes, Musicbox, Lisboa

Inga Copeland foi estranho. PAUS foi maravilhoso. Muito mais intenso que no SdC, talvez por ser num Musicbox cheio. As novas soaram muito bem, venha daí esse Mitra!

30 de outubro de 2015
David Fonseca, CCB, Lisboa

Merece. Merece os CCBs todos esgotados e as ovações todas. Que disco é este e que concerto foi! Futuro Eu é muito mais do que “David Fonseca em Português”, são poucos os que conseguiriam reinventar-se assim. Momentos altos: Deixa Ser e É-me Igual com a Márcia, o início com Futuro Eu e Chama-me Que Eu Vou, Hoje Eu Não Sou, Funeral e Deixa a Tua Voz Depois do Tom. E todas as outras que já conhecíamos.

continuo sem saber que título dar a isto (julho)

01 de julho de 2015
TV Rural, Clube Ferroviário, Lisboa

Nunca tinha ido ao Clube Ferroviário e gostei muito, especialmente do terraço. Ainda só tinha visto TV Rural em modo acústico na FNAC, e ligado à corrente foi ainda melhor. Já disse que o último disco está brutal? Já? Digo outra vez: o Sujo está brutal e vocês deviam ir ouvi-lo. Já.

02 de julho de 2015
Eat Bear, Antony Left, Les Crazy Coconuts, You Can’t Win, Charlie Brown, CNB Antena 3, CCB, Lisboa

Eat Bear foi okay, Antony Left foi interessante, Les Crazy Coconuts foram lindos e maravilhosos. You Can’t Win, Charlie Brown sublimes como sempre. Quem ganhou o CNB foram os Antony Left mas para mim foram os cocos loucos, of course.

03 de julho de 2015
Tim, Luísa Sobral, Olavo Bilac, Mafalda Veiga, Moz Carrapa, Dead Combo, Márcia, Gisela João, Norberto Lobo, Vitorino, David Fonseca, Jorge Palma, Voz & Guitarra – Encerramento Festas de Lisboa’15, Terreiro do Paço, Lisboa

Ou era isto ou Manel Cruz e eu ainda não sei se fiz a escolha acertada. Anyhow, a noite no Terreiro do Paço foi muito bonita. Tirando o Olavo Bilac e a Mafalda Veiga, que enfim, uma pessoa teve de aturar, o resto foi top. Especialmente a Gisela a cantar “Os Vampiros”, o Vitorino a atirar-se ao “Alentejo, Alentejo” sozinho e sem aviso, o David Fonseca a ameaçar o meu coraçãozito com a “Eu Não Sei Dizer”…

03 de julho de 2014
Ermo, Festival Silêncio, Musicbox, Lisboa

Fomos a correr do Terreiro a pensar que íamos chegar atrasados. #sqn, estava atrasado e vazio. Não consegui ficar até ao fim, mas valeu a pena. Deu para ouvir a “Porquê?“, que é talvez a minha favorita. Tenho de ir ouvir mais coisas deles, foi muito bom.

04 de julho de 2015
Tim, Sara Tavares, Carlão, Rita Redshoes, Ana Bacalhau, Ana Deus, Luís Varatojo, Mário Delgado, Samuel Úria, Luís Represas, João Pedro Pais, Miguel Araújo, António Zambujo, Sérgio Godinho, Voz & Guitarra – Encerramento Festas de Lisboa’15, Terreiro do Paço, Lisboa

Mais uma noite muito bonita, não fosse o Luís Represas e o João Pedro Pais e tinha sido perfeita. Destaque para a Ana Deus e o Luís Varatojo, o Sami a “Chamar a Música”, os Ujos a serem os Ujos sempre magníficos e Sérgio Godinho no final a tocar a “Acesso Bloqueado” enquanto António Jorge Gonçalves desenhava uma (quase) bandeira da Grécia. Era a véspera do #OXI.

05 de julho de 2015
Éme, Festival Silêncio, ETIC, Lisboa

Despedi-me da escolinha com um concerto do grande Éme. Foi fofo. Continuo a gostar mais dele sem banda, o que se calhar não é uma coisa bonita de se dizer idk? Also, houve música nova. Yay!

05 de julho de 2015
Gisela João, Festival Silêncio, Largo de S. Paulo, Lisboa

Gostei mais de a ver aqui do que nas Caldas. Talvez porque aqui houve rancho, ou porque as pessoas estavam mais interessadas, não sei. A verdade é que para quem cresceu a ver o fado e quem o canta sempre muito sério, sempre muito triste, sempre muito parado, sempre muito a mesma coisa, ver a Gisela descalça a saber equilibrar a dança com o sentimento e sempre com aquela voz incrível, fez-me ver o fado de maneira diferente. Ela, o Zambas e a Ana Moura têm essa culpa. Grata.

07 de julho de 2015
TV Rural, Copenhaga, Lisboa

«Ahh, então é isto o Copenhaga.»
Mini-doc muito fixe e concerto acústico também super bacano.

10 de julho de 2015
Deixem o Pimba em Paz, Teatro São Luiz, Lisboa

Bruno Nogueira + Manuela Azevedo + Orquestra Metropolitana de Lisboa = uma data de noites esgotadas no São Luiz. Fiquei ali assim na dúvida, a pensar se aquilo roçava o elitismo patético ou se era, de facto, a ‘celebração da nossa música popular’ (ou qualquer coisa assim), como dizia o Filipe Melo no folheto entregue à entrada. Ainda hoje não tenho a certeza. O público bem vestido e perfumado que enchia o São Luiz sabia todas as canções e cantava alegremente, mas não o imaginava numa festa de aldeia a ter a mesma reacção à coisa propriamente dita. Tornar o pimba algo aceitável porque estamos a gozar com ele? Não sei, são pensamentos para o ar que me foram atormentando durante o espectáculo. Uma coisa é certa: os músicos em palco são de categoria máxima, o cameo do Camané é fabuloso e os arranjos estão magníficos. No fundo, é um grande espectáculo.

11 de julho de 2015
B Fachada, Gaiteiros de Lisboa, Largo do Intendente, Lisboa

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Dia difícil, tecas em mau estado. Mas tinha ficado em Lisboa para poder ir a isto, e era Gaiteiros e há quanto tempo queria eu ver Gaiteiros? Fiz um esforço. Cheguei atrasada ao tio B, a custo, mas ele logo fez a coisa valer a pena. Gaiteiros foram enormes. Eu a pensar que ia estar toda a gente ali só para o fachada e às tantas está o largo todo aos saltos menos eu. Dia difícil mas noite feliz. Às vezes vale a pena sair de casa, por muito que custe. Deixo isto aqui escrito porque tenho tendência a esquecer-me.

22 de julho de 2015
Alek Rein, They’re Heading West, Casa Independente, Lisboa

Quando fazes 22 anos no dia 22 e They’re Heading West têm concerto nessa noite.
Dia bonito entre famelga e amigos e gelados à pala no Santini, e pude acabá-lo a cantar a “Buzz”, e a “Large Amounts” e a “Well” ❤
(na verdade acabei-o em casa a ver diabo no 5 para a meia noite, mas este final é mais fofo)

27 de julho de 2015
Benjamim, SILOS, Caldas da Rainha

Quando vi o anúncio da digressão fiquei cheia de inveja. Lembrei-me de uma aula em que discutimos se os músicos em Portugal fazem digressões ou não. Foi pena o atraso, o Benjamim ia ajudar ao meu argumento. Anyway, fiquei surpreendida por Caldas estar na lista. Haja ESAD e seus derivados para mexer com isto. Nunca tinha ido a um concerto nos SILOS, nem conhecia toda a nova oferta que por lá há. Fomos 10 a ver o concerto, do qual gostei muito, como tenho gostado de ouvir o disco (e ler o diário, btw).

30 de julho de 2015
Miguel Araújo, Maior Concerto Mais Pequeno do Mundo, Time Out Mercado da Ribeira, Lisboa

Ganhar bilhetes à última da hora e ir a correr para Lisboa. Como se nunca tivesse visto um concerto de Miguel AJ ou assim. Já vi muitos, mas nunca em versão quarteto, verdade seja dita. Foi muito bonito, o Dioguinho estava on fire, pena montes de gente ter estado a conversar em vez de aproveitar o show. Also, havia bar aberto de Super Bock. Por mim faziam mais destes.

30 de julho de 2015
Os Azeitonas, Casino Estoril

Vi mais máquinas do que palco. Fui acompanhando o concerto pelo ecrã entre conversas. É que o povo encheu aquilo tudo e estava impossível. No final fizemos a dança da Mama Cass no hall de entrada e ficou tudo muito confuso à nossa volta. Como tinham ficado com o punho erguido no by the power of grey skull, e com as manifestações de apoio no duelo Salsa-AJ. Na verdade, nunca tinha visto um concerto de AZ sem ser lá à frente, por isso foi engraçado (mas lá à frente é mais giro). No final houve pander com e sem bander e visita guiada àquele que é, sem dúvida, o tourbus mais épico deste país.

31 de julho de 2015
Pista, The Act-Ups, Agir, Oeste Fest, Foz do Arelho

PISTA
PISTA

Não percebo o Oeste Fest. Pôr PISTA e The Act Ups no mesmo dia que Carolina Deslandes e Agir? No dia a seguir pôr Born a Lion e Fast Eddie Nelson a abrir para Diogo Piçarra e HMB. Hã? Tudo isto com bilhetes caríssimos. Não se entende. De qualquer forma, nós ganhámos passes vip (ikr, i’m so fancy). PISTA foi muito bom, The Act-Ups foi super awesome! Depois fomos fazer tempo à Foz porque a Filipa queria ver o Agir e depois vimos o Agir e honestly só não foi uma total perda de tempo porque havia momentos hilariantes de tão maus. Got it?

continuo sem saber que título dar a isto (junho)

03 de junho de 2015
Chibazqui, DAMAS, Lisboa

O concerto foi bom, tal como o disco o é (podem ouvi-lo, sacá-lo e etc aqui). O mais fixe, however, foi o sítio. Primeiro, porque me obrigou a voltar à Graça, e depois porque a sala de concertos é daquelas como já não há muitas, assim de palco baixo e com pouco espaço e tal. Pena eu ser piquena e não conseguir ver nada.

10 de junho de 2015
Seiva, FNAC Chiado, Lisboa

Finalmente! São tão magníficos ao vivo como em disco, e vale imensa pena ir vê-los.

10 de junho de 2015
Tiago Saga, Janeiro, Vaarwell, Musicbox, Lisboa

Janeiro.

Tiago Saga convenceu-me, adorei a voz dele. Não sei bem porquê, mas nunca liguei muito a Time For T. Passarei a ligar mais, pois. Janeiro também surpreendeu, porque só conhecia a canção dele que está no tradiio (“As Duas Que És“) e gostava bastante, mas no concerto deu para perceber que ele tem um lado mais blues que muito me agradou. Às vezes o chato destas sessões é que são os primeiros concertos das bandas, e foi isso que aconteceu com os Vaarwell. Mais uma vez, adoro a “Branches“, e aposto que até vou adorar as restantes, ao vivo é que a coisa não me encheu as medidas.

12 de junho de 2015
Os Azeitonas, Feira Nacional de Agricultura, Santarém

Scalabitou-se! A FNA é grande e tem animaizinhos e cenas fofinhas, mas eu só vi cavalos, as usual. Mas por causa dessa falta de originalidade do Ribatejo, tivemos direito a Canção Caubói!!! Por isso, pessoas que me chateiam porque eu vou a muitos concertos da mesma banda: shiu, houve Canção Caubói. Sim. Magnífico. Também houve aquela nova versão awesome da Zão e a sempre incrível Angelus. E que bom que foi voltar a ver Az com a Susana! 🙂 No final houve pander com a boa gente de sempre.

19 de junho de 2015
D’Alva, CCB, Lisboa

Um ano de #batequebate, e que ano! Sou fã destes moços que estejam onde estiverem dão tudo pela festa e põem o pessoal todo a dançar. É tudo muito livre, leve e solto mas aquela “Primavera” será para sempre das mais bonitas e mais marcantes coisas que já ouvi. Acho que qualquer pessoa que esteja (infelizmente) habituada a lidar com aquilo de que ali se fala não consegue ficar indiferente. Eu sou uma lamechas incurável por isso a lagrimita foi inevitável (eles também não ajudam), de resto foi festa do início ao fim, com direito a piñata party e tudo. E ainda houve aquela versão incrível da “Sempre Que o Amor Me Quiser” com a ‘princesa da pop’, Isaura! Venha daí esse concerto no SBSR!

20 de junho de 2015
Samuel Úria, Festival Novos Talentos FNAC, Lisboa

Já andava com #sdds de um concerto deste senhor. Deu para matá-las, e ainda para ouvir uma canção nova! Anseio pelo novo disco e novos concertos, foi fixe voltar a ouvir a “Tigre Dentes de Sabre” e a “Pequeno Mundo” (obrigada, Deolinda!), mas… e a “Império”? :'((
Antes ainda deu para apanhar as últimas de Chibazqui e depois seguiu-se para o Miradouro para ouvir, lá ao fuuuuuundo, um bom bocado de Deolinda.

23 de junho de 2015
Café-Concerto-Comunitário Tudo é Vaidade + Benjamim, Selma Uamusse, Samuel Úria, Taberna das Almas, Lisboa

Concertos com sofás em vez de cadeiras ❤
Muito lindo e fofo, como tinha sido no São Jorge no ano passado. O ambiente é incrível e aquela “Só Me Resta Chorar” não engana. Arrepios everywhere. Saímos de lá a cantarolar que “há uma festa que nunca termina, onde todos cantam, ninguém desafina!”

26 de junho de 2015
Diabo na Cruz, Arraial de Benfica, Lisboa

Meh… fraco.
Siga a Rusga, Bomba Canção e Fronteira? fraco.
A 10min de minha casa, com a Mariana a vir de propósito (para me ver, atenção :v), a Filipa e a estreante Laura que adorou tudo? fraco.
Com aquilo cheio de gente que cantava tudo e fez a festa desde o início? fraco.
Esqueçam, não há concertos fracos desta gente, muito menos em lisboa. É lei.
Quando é que é o próximo, mesmo? Já tenho saudades.

Disse que não voltava a fazer isto, mas desta vez há algumas certezas: You Can’t Win, Charlie Brown, Festival Silêncio, Voz & Guitarra e Super Bock Super Rock (sim, chegou o mês em que vou ver um dos meus all time heroes!!!). Siga, Julho!