matei a rubrica e fiquei sem título para isto outra vez

guess what: continuo sem saber que título dar a isto.
outro dia a sair do concerto de deolinda no coliseu o diogo perguntou-me o que tinha achado do concerto de capicua no ccb. achei estranho, já se passou algum tempo. depois lembrei-me que dantes escrevia aqui sobre tudo o que ia ver. e logo a seguir apercebi-me de que essa rubrica maravilha já não aparecia por aqui há mais de um ano. vamos lá tentar fazer um revival, que o desemprego está a dar comigo em maluca.

capicua no ccb

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“um dia ainda vou dividir o palco com uma banda”, dizia ela n’a última, nem imaginando que o primeiro palco ia ser logo o do ccb. e a reacção do público nesse momento? :’)) o formato banda funcionou lindamente, fluidez total a dar espaço para tudo respirar. sala cheia, mãos no ar, cabelos despenteados… do bonito mesmo. e depois é o que já se sabe, aquelas palavras e aquela atitude são fonte de inspiração e motivação todos os dias. a minha religião é a auto-superação 💪

tudo isto nem 24h depois de ter aterrado. melhor primeiro concerto de regresso à tuga! : )

gomas alucinogénicas, os polegar, ciclo preparatório no musicbox

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já aqui falei do meu amor à azul tróia. e aos ciclo preparatório. pronto, então, que mais dizer? a voz da moça de gomas alucinogénicas lembra a voz da xana de rádio macau. os polegar são os golpes do ribatejo. o ciclo preparatório regressou triunfante com canções novas, e ainda nos deixaram berrar os hits. ahh, noites no musicbox a cantar pela lamarosa e pela lena d’água, há melhor?

joana barra vaz no lumiar (não sei amigos eu saí em telheiras mas o bilhete dizia lumiar não sou de lisboa deixem-me era aquela coisa do gerador)

era para ter ficado para o jp simões(bloom?) mas não deu. no problem, mergulho em loba a voz e guitarra bastou para deixar o coração bem quentinho. casa é canção ❤️️

deolinda na paiva couceiro

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fui matar saudades do bons sons e acabei com ainda mais saudades do bons sons. ora bolas. o outras histórias foi dos meus discos favoritos do ano que passou, e voltar a ouvir aquelas canções ao vivo foi tão tão bom. especial menção à nunca é tarde por ir buscar coisas aos confins do sei lá o quê e deixar-me sempre em modo buzz lightyear. só a deolinda, mesmo.

cave story no céu de vidro

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finalmente cave story! e logo na minha terra! que, por sinal, coincide com a terra deles! ora que bem. das melhores bandas deste pedaço de terra à beira mar etc e tal você sabem o resto, outro disquinho imprescindível de 2016. o público aqui é pouco e calmo, mas duvido que alguém consiga ficar indiferente ao riff da body of work. creio ser fisiologicamente impossível. agora quero um com público digno, que o primeiro é para os pardais, né verdade? já agora, estes meninos agora organizam concertos bem fixes aqui na terra. nem sempre consigo cá estar (omd 800 gondomar vieram à minha terra e eu não estava #chorando), mas é tão importante fazer acontecer por aqui!

por aleppo no parque mayer

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estava no scroll de instagram habitual até que parei no vídeo do benjamim. nome atrás de nome, fave atrás de fave. ia ter de ser. lá fomos a lisboa gastar dinheiro que não tínhamos, mas não só era por uma muito importante e urgente causa, como todo o cardápio era irresistível. e foi tão bonito? sou capaz de ter chorado um bocadinho. a nova canção do benjamim, a império com o aj e o gospel collective, a smilling faces só a voz(es) e guitarra, a primavera com a imagine, a ana moura com o tó trips… eu sei lá. parecia que cada actuação superava a que vinha antes. e depois o final com os discursos e a we are the ones com todos? todo um mondego. bem haja a quem pôs isto de pé e, acima de tudo, aos médicos sem fronteiras, que tanto fazem. somos todos muito pequeninos.

miguel jorge no terreiro do paço

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só terreiro cheio a cantar sem pedir, era a recantiga era a romaria, ora se o povo de lisboa se faz ouvir o melhor é deixar, que isso é coisa rara. acabou com a cowboys from hell e passou pelo dylan do nobel o nobel do dylan, esse, aquele, pois. já não sei que vos dizer sobre este jovem, é caso sério e vêm aí mais provas disso, quanto apostam? venha de lá esse disquinho novo.

os azeitonas na avenida dos aliados

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antes da contagem decrescente ouviu-se nos aliados o relato do golo do éder, seguido daquela música que passava muito durante o euro (“we’re in this O ÉDEEEER, nanana this tog-ÉDEEEER!!” – essa). foi mais exciting do que entrar em 2017. o último concerto dos az com o aj teve de tudo. aquele sentimentalismozinho, aquela festa característica, e aquele comic relief a transformar qualquer saudade antecipada em gargalhada. nem planeado corria melhor. o fim é um princípio qualquer, já diziam os outros, e nós cá estaremos para os azeitonas três ponto zero, como estivemos sempre: ano novo ou são joão a gente vai na digressão. salvé, ázê!

you can’t win, charlie brown no ccb

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andava a guardar os cêntimos todos, tinha seis eurinhos de lado, a pensar que passava no ccb no dia e aproveitava os 50% de desconto para a galeria em pé. só queria ver o concerto, mas aqueles preços não estavam amigos da minha situação. antena 3 to the rescue! a melhor rádio tem passatempos fixes e eu lá tive a sorte de poder ir ver e ouvir o marrow à plateia. gosto muito dos charlies e adorei o disco, junte-se a isso aquele coro maravilha e umas cordas bonitas e ó, tá feito o concertaço. muito, muito amor pela sad song.

the black mamba no coliseu do porto

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na altura matutei muito sobre este acontecimento. a minha ligação a black mamba faz-se mais por amigos de amigos (ou faves de migas) do que outra coisa. não é banda que ouça normalmente, mas acabo por vê-los umas quantas vezes. e a verdade é que dão sempre bom show. não estou a ver uma banda em portugal que faça aquilo que eles façam com aquela qualidade, e posso não morrer de amores por muitas das canções mas depois há ali umas que batem forte (tipo red dress e ride the sun, tipo o riffalhão da under my skin e tipo a belezura da nova still i am alive – se se chamar assim). durante o concerto, enquanto sentia o entusiasmo por tabela – a teresi viu as suas crianças esgotarem um coliseu e eu estava encarregue de fornecer lenços, status reports no estado da make up e lembretes ocasionais para a realização da actividade geralmente conhecida como “respirar” -, pensava muito no quão marcante aquilo estava a ser, ainda que para mim, emocionalmente, não tivesse grande peso. temos de ter a capacidade de reconhecer o trabalho e dar o devido valor a quem faz bem, mesmo que não amemos o seu trabalho por aí além. ou até mesmo que não gostemos simplesmente, como me ensinou o menino richie campbell nessa noite. é que, sabem, o migo fez dueto na red dress e eu achei logo que ele ia estragar tudo. mas não, foi um momento mesmo bonito, e mesmo quando depois tocou a música dele e fez de mim a única pessoa a desconhecer a letra no coliseu inteiro, surpreendeu-me pela positiva. é assim, it is what it iiiiiiis.

ah, e já agora, ouvi o rui veloso cantar a porto sentido num coliseu do porto cheio. arrepiei mil. fui ao plano b mas não me lembro muito bem do plano b (tem uma estátua?).

frank carter & the rattlesnakes, biffy clyro no coliseu

imaginem 10 mil alemães. 10 mil alemães num pavilhão esgotadíssimo, todos para ver biffy clyro. num país com mercado musical que existe, onde biffy foram #1, onde fazem promo em rádios e tvs, onde há cartazes gigantes da digster com as fronhas deles a anunciar simplesmente uma playlist (às vezes tenho sdds de hamburgo), onde são cabeças de cartaz nos grandes festivais e onde tocam, só nesta tour, por 13 vezes, sempre em salas onde cabem 10 mil ou mais almas. imaginem essas 10 mil vozes a cantar a many of horror. estão a imaginar? ok, fixe, agora multipliquem isso por dez, e obtêm uma aproximação fiel ao que foi ouvir a many of horror por nem quatro mil tugas. não somos os melhores do mundo, mas caramba, temos qualquer coisa. sei lá, eu no sporthalle tive gente a olhar para mim de lado por cantar o riff da bubbles ou a melodia da stingin’ belle. qual quê, em lisboa acho que só olhariam de lado para mim se *não* cantasse cada nota. que concerto, amigos, que banda, que público, que sorte, isto tudo. no final o tuga virou sul-americano e eu por momentos senti-me uma costa riquenha no meio do flight 666 só que em vez de maiden era biffy e pode ter sido um bocado chato para nós e para eles, mas deu para dar aquela palavrinha, tirar aquela selfie e apreciar as variadas caretas que nos fizeram da carrinha. sois big in portugal, amigos, agora por favor não se esqueçam disso e voltem rapidinho, sim? brigadas.

nota para frank carter e os seus rattlesnakes que deram um belo de um show também! mais bandas de abertura deste calibre se faz favor.

deolinda no coliseu

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tiremos todos um momento solene para agradecer ao filho gil esta magnífica oportunidade. não sei se mais alguém sem ser press ou crew do coliseu fez a dobradinha biffy clyro/deolinda, mas é assim, adoro as duas bandas, que querem. 10 aninhos de fon fon fon, a não sei falar de amor logo para começar (tipo declaração de intenções para a tecas: prepara, que isto vai ser #emosh), e muitas coisas de fazer sorrir de orelha a orelha, tipo a pois foi ou aquela canção sobre eu e o meu gato (também conhecida como manta para dois). uma bela festa de anos, indeed!

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olhem, não sei…

ou, como dizem as crianças hoje em dia: #desabafo

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este era aquele post em que vos dizia que gostei muito de estar uns dias em portugal, que adorei ver daughter no docks, que amesterdão (com direito a concerto de um tal de antónio zambujo) foi incrível, que o concerto da angel olsen no kampnagel foi magnífico, que ver kaiser chiefs no fabrik foi uma experiência demasiado boa para ser verdade e que o supersonic é um rock doc à medida da banda do #%&@$!! que foram os oasis. e tudo isso seria verdade, mas eu não quero vir para aqui picar ponto, dizer olhem isto foi muita fixe e isto e aquilo também. não estaria a mentir, mas isto são acontecimentos isolados, que eu tento contar com o entusiasmo certo mas que não deixam de ser vividos por uma tecas sozinha, muitas vezes em mau estado, e que acabam por esconder todos os outros dias em que nada acontece sem ser o facto de estar longe e sem ter para onde me virar ou algo a que me agarrar.

não quero estar a soar mal agradecida nem nada disso. tenho noção da sorte grande que tenho em poder ter estas oportunidades – por alguma razão as tenho agarrado sempre – e sei que é um privilégio imenso poder vivê-las. tento ter uma atitude o máximo positiva e produtiva possível (obrigada, casey neistat) mas é-me extremamente complicado. há muitas coisas que me são muito difíceis já normalmente, mas que aqui se tornam todas em mini pesadelos. ugh, não quero ser a pita queixosa, mas hey, guess what ¯\_(ツ)_/¯

é também por isto que durante os meses na blitz e em espanha não escrevi aqui nada. primeiro, porque havia muita coisa que acontecia e que não podia contar, e depois porque comecei a passar por demasiadas complicações e vir aqui falar do concerto x ou viagem y era extremamente injusto, teria de falsear muita coisa para soar ‘yay!’ e se fosse só honesta ia soar ‘hm :/’. por isso optei por não dizer nada. gostava de ter relatos aqui da mini maratona de újos, do sonho de uma vida que foi ir a madrid ver (e conhecer????!!!) o frank turner e de todas as viagens e aventuras pela andalucía mas nunca consegui. eu como pessoa que existe no mundo real sou bastante caladinha, escrevo muito mais do que falo, e acho que às vezes esse meu lado ganha a batalha – a garganta cala as mãos, como diria o chagas freitas? provavalmente.

anyway! quero com tudo isto dizer? hm, basicamente que isto está complicado. que tenho coisas bonitas a acontecer de vez em quando (vem aí biffy clyro e shura e jake bugg e copenhaga e berlim) mas que a minha vida não é bonita porque vou a concertos bonitos, isso é só o que a torna tolerável. precisava da minha família sff, do gato ao meu colo e as minhas migas por perto. e um pampilho e uma super bock, se não for pedir muito. obrigada.

ps – chego dia 1 de dezembro às 23h15, acham que o sporting consegue ganhar um jogo até lá? asking for a friend.

continuo sem saber que título dar a isto (novembro + dezembro)

05 de novembro de 2015
They’re Heading West, Frankie Chavez, 31º Aniversário Blitz, Musicbox, Lisboa

Só vi um pouquinho de They’re Heading West mas estavam magníficos, como sempre. Nunca tinha visto Frankie Chavez e gostei muito! Belo show de blues rock. Não deu para ficar para Mazgani porque #MetroLx, sabem como é.

11 de novembro de 2015
Ana Bacalhau, Ana Deus, Ana Moura, Batida, Bob da Rage Sense, Couple Coffee, D’Alva, Dino D’ Santiago, Eneida Marta, Francisco Fanhais, Freddy Locks, Gospel Collective, Joana Alegre, Karyna Gomes, Luís Varatojo, Luisa Sobral, Luiz Caracol, Márcia, Milton Gulli, NBC, Octapush c/ Cátia Sá, Samuel Úria, Sara Tavares, Selma Uamusse, Sergio Godinho, Sir Scratch, Terrakota, Tiago Gomes, Vicente Palma, Tó Trips, Rita Red Shoes, Concerto Liberdade Já, Jardim Amnistia Internacional, Lisboa

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Samuel Úria + Ana Bacalhau, Márcia e Luisa Sobral

No final fiz as contas e foram quase 5 horas em pé. Nem me apercebi, não fosse o frio e tinha estado tudo bem. Todos os que subiram ao palco fizeram a festa. Leram-se poemas, dançou-se e gritou-se pela liberdade. Munto lindo. Mas ainda há muita luta a fazer, os 15+2 estão em julgamento e não se prevê solução fácil, por favor assinem a petição! (quem quiser ir sabendo novidades sobre o caso clique aqui)

17 de novembro de 2015
Duquesa, Golden Slumbers, Thunder & Co., Da Chick, Isaura, Portugal Festival Awards, S. Jorge, Lisboa

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Foi só uma música de cada um por isso não conta muito para grande coisa, mas ainda assim: o Duquesa é um fixe, gostei muito de ouvir as Golden Slumbers ao vivo pela primeira vez (espero que não demorem a lançar coisas novas, gostei muito do EP), Thunder & Co fizeram grande festarola como seria de esperar, a Da Chick é maluca e provou que mereceu o prémio, a Isaura esteve maravilhosa as always.
A foto é com os verdadeiros vencedores da noite.

30 de novembro de 2015
Miguel Araújo, Arena Lounge, Casino Lisboa

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Odeio concertos no Casino. Mas pelo AJ vale a pena.
Nada de novo, a banda é top, o artista idem, aquela Dancing Queen na E Tu Gostavas de Mim dá cabo da tecas, every damn time.

05 de dezembro de 2015
Chibazqui, You Can’t Win, Charlie Brown, Musicbox, Lisboa

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Chibazqui tocaram todos os seus grandes êxitos incluindo aquela nova que já é nova desde o concerto de lançamento do disco e outra que é mesmo nova. Adorei tudo porque adoro o disco, fácil.
Charlie Brown estiveram tão bem. Primeiro concerto assim a sério a sério que vejo deles e gostei tanto. Ainda por cima houve Sad Song ❤ (e a nova música estava muito fixe, venha daí o novo disco!)

10 de dezembro de 2015
Miguel Araújo, Teatro-Cine Torres Vedras

AJ em versão quarteto só não é melhor que com a banda toda porque eu sou uma fraquinha por sopros. Levei a mãe e a mãe gostou, o que é tarefa difícil posso garantir.

15 de dezembro de 2015
Capicua , Concerto de Água e Sal, São Luiz, Lisboa

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Não é bem um concerto, é a Capi a dizer poemas e pedaços de poemas bonitos sobre coisas bonitas com o Geraldes a tocar coisas bonitas e o JAS a fazer ilustrações bonitas.

17 de dezembro de 2015
Samuel Úria, Manuel Fúria, Os Lacraus, Chibazqui, Filipe Sambado, C de Croché, Ganso, Os Velhos, Luis Severo, Consoada Flor Caveira e Amor Fúria, Sabotage, Lisboa

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Chibazqui

Melhor consoada de sempre.
O Sambado é o maior, o Cão da Morte idem, o Úria tocou a Ninivita portanto está tudo bem, a nova do Fúria promete, Ganso, C de Croché e Os Velhos ficaram uns furos abaixo do quão bom foi tudo o resto. Amo Chibazqui. Os Lacraus deram o melhor concerto de 2015 e só estiveram em palco durante 5 minutos. Acabámos a cantar a Alegria dos Heróis do Mar.
Melhor consoada de sempre.

31 de dezembro de 2015
Os Azeitonas, Arena Lounge, Casino Lisboa

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Supostamente já foi em 2016 mas wtv.
Odeio concertos no Casino, não sei se já disse? Concerto muito bom dentro das condições possíveis (aquele sítio para som é top #sqn, e se o público ali nunca é nada de jeito desta vez foi especialmente mau), com Salão América, Zão e Cantigas de Amor. Entrada no ano novo em família, como tem de ser.

we trust + kaiser chiefs @ expofacic 2014

02 de agosto de 2014
cantanhede

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jéssica, susana e moi: 3/4 de portuguese angry mob!

a portuguese angry mob voltou a juntar-se (desta vez sem a andreia :cc). o sonho que a uniu há um ano e tal cumpriu-se finalmente. expofacic forever no nosso <3!

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os presentes: pão de ló, bolachas de noz, postal sardinha, galo de barcelos, cachecol do sporting e três cartas.

foi por etapas. por volta das 13h30 estávamos a falar com a segurança da entrada principal, que nos disse que só pelas 14h30 é que poderíamos tentar falar com mais alguém. a essa hora, deixou entrar uma de nós (a susana) falar com o secretariado. lá, disseram-lhe que só às 16h é que saberíam mais alguma coisa. fomos espreitar a entrada dos artistas e técnicos. o segurança mandou-nos esperar. perguntámos se a banda já tinha chegado. disse “agora chegaram os trusts”. até que chegou um senhor que falou connosco e nos deu “mais de 50%” de probabilidade para cumprir o objectivo. até nos queria oferecer entradas e tudo. também ele nos disse que só pelas 16h é que íamos saber algo mais. entretanto, comecei a fazer bruta reacção alérgica ao sol. às 16h a feira abriu e nós fomos directas à “comissão organizadora”. lá disseram-nos que só pelas 17h. seguimos para o palco para guardar spot na primeira fila. às 17h tivemos mais informações: os kaiser só chegavam às 19h, só quando chegassem é que íamos saber novidades. voltámos a ir guardar o spot. vimos o soundcheck de we trust. às 19h voltámos à comissão para ouvirmos as seguintes palavras: “estão com sorte. vão para o lado esquerdo do palco, ao pé do pão com chouriço, e vai lá alguém ter com vocês”. meio parvas, lá fomos. esperámos e nada. até que “ainda não veio ninguém? vou tratar disso”. um novo senhor informou-nos que os kaiser ainda não tinham chegado, só lá para as 20h. palco outra vez. às 20h, ao pé do pão com chouriço, apresentaram-nos à pessoa que “trata da banda”. “ainda não chegaram, não se sabe ao certo quando vão chegar, se vão falar com pessoas…” entregámos o nosso precioso saquinho que nos garantiram que lhes iria ser entregue. “passem por aqui lá para as 22h, talvez…” ok. objectivo número um quase cumprido. e o meu coração apertadinho porque às 22h começava we trust. como tínhamos 2 horas de espera para fosse o que fosse, a chuva decidiu aparecer e dar um ar da sua graça.

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do stand das bifanas, pelas 20h30, quando a chuva fez uma pausa.

quando decidiu descansar um pouco, fui buscar uma bifana e uma coca-cola. quando acabei de comer e tinha finalmente mãos para abrir a coca-cola, o pouco público que resistia à chuva em frente ao palco fez muito barulho. “hã?” olhamos para o palco e está whitey, ricky e peanut atravessando o palco. primeiro a surpresa depois a felicidade, depois a susana começou o “peanut! peanut! peanut!” ele diz olá, já lá ao fundo, a sair do palco. e de repente alguém diz “eles já chegaram!”. a susana agarrou o meu braço e abanou-o tanto que só não apanhei um banho completo de coca-cola porque ainda não tinha bem aberto aquilo x) seguimos meio parvas para o spot ao lado do palco. quando lá chegamos vejo-os a uns metros. “guys!” sorrisos e acenos. lá em cima, na parte de trás do palco estava o vj. “hey vj!” sorriso e acenos. e pouco depois estava o peanut a vir em nossa direcção. “hey guys!” já nem me lembro bem do resto. ele assinou as nossas coisas, disse que tinham chegado no dia antes, que tinham estado a filmar o novo vídeo. só me lembro de olhar para o lado e ver o whitey o ricky e o simon a dançarem. ah e “sorry about the weather”. perguntei se tinham recebido os presentes. “oh yeah yeah the letters and the fish? yeah thanks so much” “and the scarf?” “oh yeah ricky’s got the scarf! sporting portugal, right?” e pronto. o meu dia, mês, ano, wtv, estava mais que ganho. tirámos foto. ele reconheceu a bandeira da jéssica e levou-a para os outros assinarem.

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nós e o nosso maior fã aka peanut.

e do nada, apareceu o vj. com umas baquetas na mão. disse olá, assim meio-tímido mas super fofo. perguntou se tínhamos chegado muito cedo, se tínhamos apanhado chuva. falou das filmagens, que não gosta muito do “seaside”. a certa altura pegou nas baquetas (três) estendeu-as à nossa frente e disse “these are for you”. muitos “awwwn” e “thank yooou” depois, tirámos foto. quando ia embora “did you see our gifts?” “oh yeah, the fish? it’s my new bookmark! thanks!” e pronto. como não amar.

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tão adorável que até fica de olhos fechados.

o peanut voltou com a bandeira da jéssica. depois a senhora veio buscar o que tínhamos para assinar, levou para dentro e voltou com tudo assinado por todos. ainda esperámos mais um bocado, mas só tivemos uns sorrisos e acenos do simon. pelas 21h30 voltamos para a frente do palco de coração cheio cheio. retomamos lugar na primeira fila e eu finalmente bebi a minha coca-cola.

22h. we trust.

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estava super curiosa. adoro-os e nunca tinha visto ao vivo. só fiquei a adorar mais. energia brutal, sempre a puxar pelo público. as novas músicas estão muito muito fixes. fiquei ainda mais ansiosa para o álbum. felizmente, até lá, ainda os vejo no bons sons. yesss. é sempre bom ver o público a reagir super bem a boa música feita nesta terra.

23h40. kaiser chiefs.

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o quarto é bem capaz de ter sido melhor. este álbum ao vivo soa tão tão bem. factory gates logo a abrir em grande e apercebi-me que havia bastante público ali que conhecia o novo álbum. foi desfilar hits, sempre sem grandes conversas, como é habitual. até que no primeiro momento de paleio, o ricky se desfaz nos habituais elogios a portugal. pelo meio faz o top3 de sítios onde gosta de tocar. méxico, glasgow e… pega na câmara da grua, saca de um galo de barcelos e mete-o em frente à câmara. o público começa “por-tu-gal! por-tu-gal!”. nós ficamos meio histéricas. aquele galo? comprei-o dois dias antes, no porto. e ali estava ele. fónix! ruffians e a confirmação de que estes meninos não acabaram em 2008. aquele baixo-teclado-guitarra faz milagres. o peanut dá outra vida aos riffs brutais do whitey, o simon espalha classe e o vj trouxe uma segurança incrível. o ricky… o ricky é o ricky. a coming home puxou a lagriminha. na angry mob começou a chover a potes. e não parou. mas soube ainda melhor. gritar ‘we are the angry mob we read the papers everyday we like who we like we hate who we hate but we’re also easily swayed’ enquanto ficas encharcada com os kaiser à tua frente é qualquer coisa. oh my god e o agridoce final, com mais uma aparição do galo de barcelos mais fixe de sempre. que banda. grandes grande grandes. e lindos. sempre lindos. e fofos. e etc.

obrigada, obrigada, obrigada: à raquel pela boleia e paciência tanto dia 2 para a estação como dia 3 de manhã para o regresso; à adriana e à mãe pela boleia de volta e guarida durante a noite; à jéssica e aos pais pelo desvio, boleia, comida (!!) e por irem guardando lugar na primeira fila; à segurança da entrada principal e ao segurança da entrada de artistas e técnicos; ao senhor do carro (que se lembrou de nós e veio perguntar se tínhamos conseguido); ao senhor mário nicolau pela paciência! foi incansável connosco, muito muito obrigada; ao senhor joão alexandre pela simpatia; à natasha (?), que garantiu que os presentes eram entregues e que tínhamos tudo assinado por todos;  ao senhor serafim pires e toda a organização da expofacic por nos terem tratado tão bem. nunca se esqueceram de nós, nunca nos deixaram sem resposta, tiveram a paciência de lidar com um grupo de três fãs com um pequenino sonho. sois grandes! há feiras e feiras.

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souvenirs.

vale a pena. vale sempre a pena.