aquele post de regresso que lamenta imenso o tempo de inactividade e etc etc vamos saltar essa parte. o que aconteceu entretanto? vamos lá ver:
• o livro do johnny marr está belíssimo e se gostam de smiths invistam nele e caguem nesse biopic do morrissey.
• o novo disco do miguel araújo só não é um disco perfeito porque eu não consigo aturar uma das canções. para compensar, uma delas, a sangemil, é a mais bela canção alguma vez feita sobre canções.
• os cassete pirata são muito bons e têm um ep maravilha
• por que é que o mundo ainda não se rendeu aos pés de
a) cave story
b) alek rein
c) sunflowers
d) surma
• num dia em abril subimos ao salão da voz do operário, enchemos as bancadas e a plateia e vimos, ouvimos e cantámos zeca. uma maioria de malta jovem, no público e no palco, versões surpreendentes e um fachada sublime. das noites especiais.
• os salto são lindos e não entendo porque tocam tão pouco em lisboa
• cinco bacanos de leeds a papar queimas e eu a ir atrás. dois concertos bem fixes, uma pandeireta, uma noite ao relento na bonita coimbra, uma tarde de amigos na invicta. no meio do papa, do salvador e do benfica, eu fiquei bem com os migz kaiser.
• e o disco do éme? ah pois. não ouçam, não.
• e quando o manel cruz começou a capitão romance? melhor parte do gig do úria. é uma coisa chata de se dizer, porque o raio do tondelense foi magnífico, mas esta miúda nunca tinha ouvido ornatos ao vivo, terão de me desculpar. e não via sami há muito tempo, finalmente as novas, com a rainha que é a manuela azevedo, e a império que dá sempre sempre cabo de mim. noite bonitinha no tivoli.
• o reeperbahn no cais do sodré! conferências à tarde, cerveja cara, bué gigs à noite todos ao mesmo tempo e em salas pequenas, é tal e qual. mas sim, a alegria que foi o tio b, ouvir malhas do 1986 no b.leza, charlie brown lindinhos, duquesa na rua porque já não cabia ninguém no lounge, as pazes com os capitão fausto, as sdds de linda martini. as conversas da tarde dão pano para mangas mas isso fica para outro dia.
• turbo baile no santo antónio. tochapesta nas sardinhas achadas na noite mais bonita de lisboa, no titanic dias depois. sempre incríveis.
• num dia (complicado, por sinal) vi a capicua que como sempre faz aquela homenagem ao sérgio godinho, no outro o próprio senhor veio tocar ao arraial do bairro, e foi tão, tão bom.
• três dias de alive em modo jornaleira. foi fixe, munto cansativo, mas fixe. o melhor foi claro berrar foo fighters no meio de milhares de almas e não a sós no quarto das caldas, como quando era piquena. xx foi o amor, quando for grande quero ser como a alison mosshart, fingi ser mancunian na not nineteen forever, dos pequenos, o ryan adams é o maior, cage the elephant djimais, glass animals incríbeis, savages lindas maravilhosas, warpaint também mas não tanto, fleet foxes assombrosos, avalanches muito party fiesta da boa, mas spoon? ganhou. (e sim muitos tugas a dar tudo tipo ycwcb, golden slumbers, cave story, pista, benjamim, duquesa, discotexas e que mais)
• perdi a minha avó. passei noites deitada no terraço de ferreira do alentejo a ouvir a inside out dos spoon em loop. não sei lidar mas hei-de aprender. hoje sonhei que voltava a ferreira e ela lá estava. ainda não está tudo bem mas vai ter de ficar.
• se acham que música tradicional portuguesa não é a vossa cena vão ver omiri e calem-se
• no edpcoolcoiso, o jake bugg tocou a simple as this e continua o rebelde-tímido com o melhor sotaque. o palma só precisa de um piano para fazer magia.
• na mêda a hospitalidade continua extremamente bondosa, o ambiente das tardes no parque uma beleza e o cartaz das noites apetitoso. pena o público ter-se perdido algures pelo meio. primeiro dia de leiria (nwfd, fbac) e sensible soccers rendeu bué, a surma é de outro nível, keep razors sharp ganham sempre, we bless this mess a trazer o folk punk à tuga e a tocar against me! – tudo certo, best youth magníficos como sempre.
e cá estamos, na contagem decrescente por cem soldos, a tentar voltar àquela promessa do vir deixar aqui coisas mais vezes. veremos.